Revista Sesvesp Ed. 118 - 2014 | Page 14

QUALIFICAÇÃO PAZ NOS ESTÁDIOS Arquivo pessoal Foto: Thinkstock A opinião de Flávio Sandrini, diretor executivo do grupo Verzani&Sandrini, repercute a dos empresários da área de vigilância privada: “A clandestinidade é ainda o maior problema nos estádios brasileiros”. Em sua opinião, “essa questão se soma ainda a outra falha – a falta de legislação que ampare o controle da segurança privada nessa esfera”. O grupo Verzani&Sandrini foi responsável pela segurança no Recife (PE), que sediou cinco jogos da Copa 2014. O empresário avalia a experiência como positiva. “A segurança estipulada pela Fifa foi bem estruturada. O público, ao saber que existia um esquema profissional, teve cautela para não arrumar confusão”, comenta. Ao avaliar os casos de violência que ocorrem nos estádios brasileiros, ele defende um modelo como o adotado na Inglaterra, que solucionou a violência causada pelos hooligans, torcedores radicais que causavam terror nas ruas e nos campos. “Para chegar a esse ponto, precisamos, por exemplo, adotar um cadastro de torcidas e, a partir daí, proibir a entrada dos indivíduos que se envolveram em situação de violência.” STEWARDS durante jogo no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, foram treinados em gestão de multidões 14 | Revista SESVESP gações, os centros de treinamento de seleções e os campos oficiais de treinamento. Esses profissionais, também chamados de stewards, respondiam às nove empresas de segurança contratadas para gerenciá-los, quatro delas estabelecidas em São Paulo e associadas ao Sesvesp. Uma foi a Faqui Segurança, cujos vigilantes trabalharam na segurança do Fifa Fan Fest realizado em São Paulo. “Tivemos 200 profissionais trabalhando por dia, e os resultados do trabalho foram ótimos”, avalia Fábio Augusto de Sales, diretor financeiro da empresa, que é especializada em grandes eventos. A capacitação dos vigilantes para a Copa significa, assim, um marco na área de segurança privada, ao formar um contingente qualificado e, mais ainda, ser uma parte importante do legado do campeonato mundial para o Brasil. “Os vigilantes capacitados simbolizam essa nova concepção em segurança para eventos, iniciada com a Fifa, ao legitimar a adoção de seus procedimentos durante a Copa do Brasil”, comenta Jacobson. Sua empresa, a GP, além de administrar a segurança nos jogos da Copa na Arena Independência, ficou responsável por esse trabalho no Mineirão. Dessa opinião compartilha Marco Antônio Lopes, diretor executivo da Sefra Segurança, Vigilância e Eventos, empresa que atuou como parceira da Gocil Segurança e Serviços, responsável pela vigilância privada nos estádios de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. À Sefra coube o acompanhamento do treinamento dos vigilantes