QUALIFICAÇÃO
PAZ NOS ESTÁDIOS
Arquivo pessoal
Foto: Thinkstock
A opinião de Flávio Sandrini,
diretor executivo do grupo Verzani&Sandrini, repercute a dos
empresários da área de vigilância privada: “A clandestinidade é
ainda o maior problema nos estádios brasileiros”. Em sua opinião,
“essa questão se soma ainda a
outra falha – a falta de legislação
que ampare o controle da segurança privada nessa esfera”.
O grupo Verzani&Sandrini foi
responsável pela segurança no
Recife (PE), que sediou cinco jogos da Copa 2014. O empresário
avalia a experiência como positiva. “A segurança estipulada
pela Fifa foi bem estruturada. O
público, ao saber que existia um esquema profissional, teve cautela para
não arrumar confusão”, comenta. Ao avaliar os casos de violência que
ocorrem nos estádios brasileiros, ele defende um modelo como o adotado na Inglaterra, que solucionou a violência causada pelos hooligans,
torcedores radicais que causavam terror nas ruas e nos campos. “Para
chegar a esse ponto, precisamos, por exemplo, adotar um cadastro de
torcidas e, a partir daí, proibir a entrada dos indivíduos que se envolveram em situação de violência.”
STEWARDS durante jogo no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, foram treinados em gestão de multidões
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gações, os centros de treinamento
de seleções e os campos oficiais de
treinamento. Esses profissionais,
também chamados de stewards, respondiam às nove empresas de segurança contratadas para gerenciá-los,
quatro delas estabelecidas em São
Paulo e associadas ao Sesvesp. Uma
foi a Faqui Segurança, cujos vigilantes trabalharam na segurança do
Fifa Fan Fest realizado em São Paulo.
“Tivemos 200 profissionais trabalhando por dia, e os resultados do
trabalho foram ótimos”, avalia Fábio
Augusto de Sales, diretor financeiro
da empresa, que é especializada em
grandes eventos.
A capacitação dos vigilantes para a
Copa significa, assim, um marco na
área de segurança privada, ao formar
um contingente qualificado e, mais
ainda, ser uma parte importante do
legado do campeonato mundial para
o Brasil. “Os vigilantes capacitados
simbolizam essa nova concepção
em segurança para eventos, iniciada
com a Fifa, ao legitimar a adoção de
seus procedimentos durante a Copa
do Brasil”, comenta Jacobson. Sua
empresa, a GP, além de administrar a
segurança nos jogos da Copa na Arena Independência, ficou responsável
por esse trabalho no Mineirão.
Dessa opinião compartilha Marco
Antônio Lopes, diretor executivo da
Sefra Segurança, Vigilância e Eventos,
empresa que atuou como parceira da
Gocil Segurança e Serviços, responsável pela vigilância privada nos estádios de São Paulo, Rio de Janeiro e
Curitiba. À Sefra coube o acompanhamento do treinamento dos vigilantes