Revista Sesvesp Ed. 117 - 2014 | Page 11

formação do vigilante/steward e para a coleta biométrica renderam grandes percalços para as empresas e ainda poderão sobrevir multas. A operacionalização da segurança nos estádios e os problemas enfrentados A parte operacional da segurança pública e da segurança privada surpreendeu positivamente. Não houve ocorrências de vulto nas cidades que pudessem afastar os visitantes, ao contrário, somente elogios. Dentro dos estádios, tudo transcorreu dentro da normalidade. É verdade que houve tentativas de burla aos protocolos de segurança, porém, a eficácia operacional deu a resposta imediata e retirou os torcedores infratores antes que alcançassem seus objetivos de invasão às arenas ou aos gramados, bem como houve a retirada dos estádios daqueles alterados. A segurança pública cumpriu seu papel na via pública. A sensação de segurança teve nota altíssima. Os tão esperados movimentos sociais foram debelados antecipadamente pela inteligência policial. No que tange à segurança privada, o que também surpreendeu positivamente foi a postura e a atitude dos vigilantes/stewards que atuaram na gestão do público que frequentou os estádio de futebol. Eles foram capacitados para dar segurança de mãos limpas, tratar os torcedores com cortesia, sem serem subservientes, e lidarem com comportamentos adversos, sem serem arbitrários, tudo na mesura. Os stewards cumpriram suas tarefas. Como resultado geral, a segurança privada passou no teste. A segurança como um todo foi realizada com sucesso. No entanto, como dever de casa, alguns processos de bastidores podem ser aprimorados. Pode-se diminuir o tempo de permanência do vigilante no serviço. A exemplo, na Europa o steward é free lance. Isso significa que não há formalidades trabalhistas. Com o curso em dia, o steward fica cadastrado num banco de dados. No dia do jogo é chamado certo número de profissionais. Os primeiros a se inscreverem pelo site se apresentam uma hora antes da abertura dos portões, recebem o colete, instrução e são instalados nos seus postos. No final do jogo, devolvem o colete e recebem o pagamento da diária. No Brasil, os vigilantes devem chegar ao estádio cinco horas antes do jogo para passarem pela fiscalização da Polícia Federal e formalizarem contrato de trabalho. Em outras palavras, tudo é muito burocratizado. Se o objetivo é o legado, o vigilante para eventos deve ser um pacote de serviços simplificado para o tomador do serviço, com precisão de horário, desempenho das tarefas e preço acessível. Ainda, há de se criar a figura do diarista para eventos, como dito acima. Edição 117 • 2014 |