Revista Sesvesp Ed. 117 - 2014 | Page 10

GRANDES EVENTOS fez acordo com os vigilantes na sua cidade-sede. Então, as negociações com os vigilantes ficaram difíceis e o valor da hora disparou; as empresas ficaram no aperto financeiro para honrar o contrato. Os valores da hora ficaram numa média de R$ 15,00, acrescidos de tributos e encargos, mais vale transporte e alimentação no local, sem se considerar a taxa de administração e o lucro da empresa. Como não bastasse esses entraves contratuais, a legislação trabalhista pátria não prevê a figura do eventual ou do diarista. Tentou-se uma Medida Provisória para se criar a figura do diarista de eventos, incluindo os profissionais do turismo e hotelaria. A manobra foi frustrada pela frentes sindicais, contrárias à ideia de não se assinar a Carteira de Trabalho para essa modalidade de contrato trabalhista. Como paliativo desse impasse, houve a assinatura de um Protocolo de Orientação entre a Fenavist e a CNTV, homologado pelo Ministério do Trabalho. Em linhas gerais, o documento sugeriu que os acordos entre as empresas e os sindicatos dos vigilantes de cada cidade-sede levasse em conta a exigência de contrato de trabalho formal, com registro na Carteira do Trabalho, bem como o recolhimento de todos os tributos e encargos proporcionais ao período. Os contratos, quando não permanente, deveriam se dar por tempo determinado (período da Copa), compagamento pelos dias trabalhados, excluída terminantemente Revista SESVESP |10| Edição 117 • 2014 a figura do free lance ou do diarista. O Protocolo também serviu para padronizar a fiscalização das Delegacias Regionais do Trabalho. Em muitos estados, as empresas foram felizes na conclusão de seus processos, mas em outros sobrevirão multas, em regra de R$ 400,00 por vigilante irregular, em cada evento. É de se lembrar que para as empresas receberem a terceira e última parcela da FIFA deverão comprovar a quitação de todos esses encargos, cuja carta de quitação será fornecida pelo respectivo sindicato dos vigilantes. O dinheiro curto levou à contratação de algumas empresas de pequeno porte, sem vigilantes em número suficiente em seu quadro. Esse cenário teve a consequência de algumas empresas usarem vigilantes do seu quadro permanente e outras contratarem vigilantes avulsos, o que gerou