Revista Sesvesp Ed. 117 - 2014 | Page 12

GRANDES EVENTOS O legado O legado para a segurança privada fazer segurança interna nos estádios de futebol foi conquistada com a atuação na Copa. Essa conquista passa a ser um divisor de águas para o segmento. Significa que a segurança privada se inseriu definitivamente como mais uma das engrenagens do sistema de segurança do país. Agora, resta esperar as atuações nos campeonatos internos. Ainda, outros espaços se abrirão para a segurança privada, por isso que a bandeira da Copa foi importante. O legado é de empresas qualificadas, vigilantes formados e biometrizados, bem como capacitados a atender o público nos estádios de futebol, propiciando-lhe um ambiente seguro, de paz, harmonia, conforto e civilidade. A expansão da segurança privada será um conjunto de capacidade técnica das empresas, vigilantes formados e biometrizados conforme ditames da Portaria da Polícia Federal, regras trabalhistas simplificadas, tributos e encargos minorados, preços palatáveis para os promotores de eventos. Criar a figura do “vigilante para eventos” (com o fim da Copa acaba a nomenclatura steward) requer a tomada dessas medidas. Conclusões Alhures, ainda em 2013, escreveu-se: A Copa do Mundo da FIFA 2014 está mobilizan- Revista SESVESP |12| Edição 117 • 2014 do o Brasil, mexe com as estruturas políticas, com o sistema federativo, com a sociedade civil organizada, com conceitos e princípios constitucionais, investimentos públicos altíssimos em infraestrutura, investimentos da iniciativa privada, em suma, é uma sacudida que promete ser positiva sob o ponto de vista da revolução pacífica. O importante é a nação saber tirar proveito do grandioso evento para mostrar à comunidade internacional a capacidade dos brasileiros e, mais do que isso, produzir um legado pós Copa capaz de deixar o amadurecimento democrático, político e social, bem como uma infraestrutura que impulsione o desenvolvimento. A segurança privada den- tro dos estádios de futebol será uma oportunidade para o segmento avançar a passos largos em visibilidade, reconhecimento, importância e, mais do que isso, produzir um legado pós-copa para os campeonatos de futebol geridos pela CBF, como outros tantos grandes eventos.” A profecia se concretizou. O sucesso na Copa do Mundo de 2014 conduz o segmento da segurança privada para os grandes eventos que ocorrerão no país, como o Campeonato Brasileiro regido pela CBF, Carnaval e Olimpíadas 2016. A oportunidade de expansão firma o segmento como uma das engrenagens do sistema de segurança do país, atuando integrada com a segurança pública. A mudança cultural promovida pela FIFA durante os jogos da Copa tornou os estádios um local de civilidade e desportividade, trazendo novamente as famílias e o público em geral para dentro das arenas, ao invés de ser palco de confronto de torcidas rivais. A legislação brasileira ainda tem de endurecer com o banimento de maus torcedores, punição aos clubes pelo mau comportamento de suas torcidas, com perda do mando de campo. O momento é de otimismo, aproveitamento do êxito e de expansão da segurança privada. O Brasil se saiu muito bem no quesito segurança. Se a Copa de 2014 é intitulada a Copa das Copas, deve-se em grande parte à integração entre a segurança pública e a segurança privada.