GRANDES EVENTOS
O legado
O legado para a segurança privada fazer segurança interna nos estádios
de futebol foi conquistada
com a atuação na Copa. Essa
conquista passa a ser um
divisor de águas para o segmento. Significa que a segurança privada se inseriu
definitivamente como mais
uma das engrenagens do
sistema de segurança do
país. Agora, resta esperar
as atuações nos campeonatos internos. Ainda, outros
espaços se abrirão para a
segurança privada, por isso
que a bandeira da Copa foi
importante.
O legado é de empresas qualificadas, vigilantes
formados e biometrizados,
bem como capacitados a
atender o público nos estádios de futebol, propiciando-lhe um ambiente seguro,
de paz, harmonia, conforto
e civilidade.
A expansão da segurança
privada será um conjunto
de capacidade técnica das
empresas, vigilantes formados e biometrizados conforme ditames da Portaria
da Polícia Federal, regras
trabalhistas simplificadas,
tributos e encargos minorados, preços palatáveis para
os promotores de eventos.
Criar a figura do “vigilante
para eventos” (com o fim
da Copa acaba a nomenclatura steward) requer a
tomada dessas medidas.
Conclusões
Alhures, ainda em 2013,
escreveu-se:
A Copa do Mundo da
FIFA 2014 está mobilizan-
Revista SESVESP
|12| Edição 117 • 2014
do o Brasil, mexe com as
estruturas políticas, com o
sistema federativo, com a
sociedade civil organizada,
com conceitos e princípios
constitucionais, investimentos públicos altíssimos em
infraestrutura, investimentos da iniciativa privada, em
suma, é uma sacudida que
promete ser positiva sob o
ponto de vista da revolução
pacífica.
O importante é a nação
saber tirar proveito do grandioso evento para mostrar à
comunidade internacional
a capacidade dos brasileiros
e, mais do que isso, produzir
um legado pós Copa capaz
de deixar o amadurecimento
democrático, político e social, bem como uma infraestrutura que impulsione o
desenvolvimento.
A segurança privada den-
tro dos estádios de futebol
será uma oportunidade para
o segmento avançar a passos
largos em visibilidade, reconhecimento, importância e,
mais do que isso, produzir
um legado pós-copa para os
campeonatos de futebol geridos pela CBF, como outros
tantos grandes eventos.”
A profecia se concretizou. O sucesso na Copa do
Mundo de 2014 conduz o segmento da segurança privada
para os grandes eventos que
ocorrerão no país, como o
Campeonato Brasileiro regido
pela CBF, Carnaval e Olimpíadas 2016. A oportunidade de
expansão firma o segmento
como uma das engrenagens
do sistema de segurança do
país, atuando integrada com
a segurança pública.
A mudança cultural promovida pela FIFA durante
os jogos da Copa tornou os
estádios um local de civilidade e desportividade, trazendo novamente as famílias e o público em geral
para dentro das arenas, ao
invés de ser palco de confronto de torcidas rivais. A
legislação brasileira ainda
tem de endurecer com o
banimento de maus torcedores, punição aos clubes
pelo mau comportamento
de suas torcidas, com perda
do mando de campo.
O momento é de otimismo, aproveitamento
do êxito e de expansão da
segurança privada. O Brasil
se saiu muito bem no quesito segurança. Se a Copa de
2014 é intitulada a Copa das
Copas, deve-se em grande
parte à integração entre a
segurança pública e a segurança privada.