Revista Sesvesp Ed. 114 - julho / agosto 2013 | Page 16
GESTÃO
• 35% afirmaram que não
há essa preparação;
• 39% explicaram que
essa questão não se aplica à realidade da empresa;
• 2/3 das empresas que
têm um plano de sucessão
acreditam que a empresa
permanecerá na família,
mas apenas metade já escolheu um sucessor.
Entre as empresas familiares brasileiras entrevistadas que preveem mudança
no comando dos negócios
para o período de cinco anos
(54% do total), mais de metade (56,8%) planeja passar o
comando da empresa para a
próxima geração da família;
13,5% pretendem vendê-la
para a equipe gerencial; 27%
querem vendê-la para um
investidor estrangeiro privado; 21,6% querem trocá-la por outra empresa; 8%
planejam lançar ações no
mercado; 16,2% planejam
mudanças na estrutura gerencial; 2,7% querem firmar
novas parcerias; e 5,4% consideram fusões e aquisições.
O que falta muitas vezes às empresas familiares é a percepção de que
a evolução dos problemas
enfrentados e das culturas
envolvidas não significa que
a organização esteja fadada
a tensões inevitáveis. Pelo
contrário, a possibilidade de
prever quando e por que as
tensões aparecem significa
que é possível se preparar
para administrá-las de forma estruturada, adotando
uma postura racional que
separe as dimensões da organização, da propriedade
e da família.
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Desafios das pequenas e
médias empresas
No Brasil, as empresas
mais expostas ao problema
da sucessão são as pequenas e médias, pois devem
promover simultaneamente a transição do capital e
a do poder. Já as grandes
empresas, mais preparadas,
muitas vezes lideradas por
executivos contratados e com
capital aberto e acessível no
mercado financeiro, atravessam essas transições de
forma mais planejada e com
menos tropeços.
Apesar da importância
e da real necessidade de se
estudar mais as pequenas e
médias empresas familiares brasileiras e suas particularidades, boa parte das
teorias administrativas e
dos modelos de mudança
organizacional hoje disponíveis no país são derivados
de pesquisas realizadas em
empresas de grande porte
e, geralmente, de capital
aberto.
Observa-se também uma
forte presença de pesquisas
nacionais inspiradas em processos e procedimentos de
países desenvolvidos, o que
sugere uma transferência
de tecnologia e de costumes estranhos ao brasileiro
e que desconsidera nossas
características culturais específicas.
Nas empresas familiares,
a preparação para a sucessão ocorre, muitas vezes, de
forma vivencial e indutiva,
com base na experiência prática de convivência entre
sucessor e sucedido, sem o
estudo adequado do perfil
do sucessor para o cargo que
vai ocupar na empresa. A
Central de Monitoramento da empresa
questão da transição, infelizmente, ainda é encarada
por parte expressiva dessas empresas sem qualquer
processo adequad