Revista Sesvesp Ed. 102 - Julho / Agosto 2011 | Page 11
individual, mesmo porque
a motivação é um processo
pessoal, responsável pela
intensidade, direção e persistência dos esforços de
uma pessoa para atingir
uma determinada meta. A
intensidade está relacionada à quantidade de esforço empregado – muito ou
pouco. A direção refere-se
a uma escolha qualitativa
e quantitativa em face de
alternativas diversas. E a
persistência reflete o tempo direcionado à prática da
ação, indicando se a pessoa
desiste ou insiste no cumprimento da tarefa.
Mas para se alcançar a
efetividade, precisamos empreender ações não individualmente, mas em equipe.
Neste ponto, a motivação
se converte em apoio, sus-
tentação e, em especial, inspiração àqueles que compõem o time.
No estágio seguinte, o
profissional competente
compreende que conhecimento bom é conhecimento
compartilhado e que para
evoluir não apenas na hierarquia, mas nos processos de reconhecimento e
de autorrealização, é necessário ensinar aos que estão ao seu redor. É o fazer
saber, por meio da educação, disseminando experiências, comportamentos e
melhores práticas.
Neste momento, surge a
importância da autoconsciência de que na medida em
que ampliamos nosso espectro de conhecimentos, maior
é nossa ignorância diante
do universo de possibilida-
des do saber. A humildade
representa o saber saber, a
percepção clara e inequívoca
de nossas próprias limitações e que nos faz simultaneamente educadores e
educandos, combatendo a
prepotência e a arrogância.
Há que aprender, porém há
t
ambém que ensinar.
A humildade leva à prática inconteste da verdade. E
como não há porque mascarar
eventos ou ações passa-se a
valorizar a autenticidade, o
saber ser, onde importa não
o que você tem, mas quem
você é. Uma característica
singular num mundo tão
superficial em determinados aspectos como o que
vivenciamos atualmente.
O homem é um ser social
por natureza, de modo que
deve aprender não apenas
a viver, mas também saber
conviver, ou seja, viver com
seus pares. A isso chamamos sociabilidade.
Por fim, a solidariedade,
que remete não à solidão,
mas à cooperação, à responsabilidade e à interdependência. É a consciência
plena de saber devolver à
mesma sociedade em que
convivemos um pouco do
que aprendemos e somos a
fim de mitigar as desigualdades.
Compreendido o conceito moderno de “competência”, fica mais fácil
para o profissional definir
como deve se posicionar.
Há competências técnicas,
comportamentais, relacionais, valorativas e transcendentais. Mas este é assunto
para outra oportunidade.