Revista Sesvesp Ed. 101 - Maio / Junho 2011 | Page 21

Mercado Mulheres ganham cada vez mais espaço na Segurança Privada A globalização da economia e as rápidas transformações tecnológicas que ocorreram nos últimos vinte anos estão transformando a sociedade como um todo e estão sendo refletidas nos mais diversos segmentos: econômico, político, social, cultural, entre outros. Nesta nova ordem mundial, as mulheres vêm assumindo um papel de destaque. Elas estão transpondo barreiras organizacionais e assumindo cargos executivos nas empresas, que eram inatingíveis até então. Os fatores que têm contribuído para o seu sucesso profissional são: motivação interna para superar os obstáculos, estilo de liderança participativo e grupal, oportunidade de trabalho, investimento em educação, apoio da família, processo de mentoria como apoio psicológico e o modelo de líder como referência pessoal. Mas as tarefas ligadas à segurança são, especificamente, desempenhadas por pessoas do sexo masculino, correto? Não. A alta empregabilidade da área vem atraindo, cada vez mais, o público feminino do país. Em entrevista ao site Vila Sucesso, João Palhuca, vice-presidente do Sesvesp, disse que a presença do público feminino nesse ramo é crescente. “A presença das mulheres vêm crescendo e se solidificando à medida que buscam melhorias nas condições e veem oportunidades nessa área. Elas procuram escolas de formação e conseguem ingressar. Hoje, 8% do efetivo é de mulheres e a tendência é aumentar esse número.” As opções para se trabalhar na área são diversas e divididas em duas cate- Segundo estudo realizado pelo SESVESP, as mulheres ainda ocupam apenas 8% do mercado, mas em franca expansão. gorias. As operacionais - transporte de valores, bancário, escolta, segurança pessoal, industrial, investigações etc - e também a área administrativa, na qual as mulheres podem trabalhar como supervisoras de segurança, gerentes e até diretoras. Palhuca garante que não há diferenciação de salário entre homens e mulheres “Vigilante é um termo de designação da profissão, não há diferenciação. A lei que regula é federal, cada Estado tem sua convenção coletiva e o salário base é igual para todo mundo.” Já para os cargos administrativos, depende da organização e estrutura da empresa. De fato, a profissão está cada vez mais democratizada dando direitos iguais entre os sexos. Tanto que não há desvantagem para as mulheres. O vice-presidente esclarece: “É uma atividade que requer muito mais inteligência e a capacidade de decidir atitudes do que força física, bruta e energia para usar uma arma. Para isso a mulher tem a mesma capacidade que o homem.” Uma das mulheres que tem se destacado no cenário da segurança privada brasileira é Tatiana Diniz, ex-presidente e atual Diretora Social da ABSEG – Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança Privada. Ela foi a primeira mulher a obter o CPP – Certified Protection Professional, certificado instituído pela ASIS – American Society foi Industrial Security, Tatiana Diniz, Diretora Social da ABSEG associação mundial de profissionais da área. À frente da ABSEG, Tatiana deu visibilidade e profissionalismo à entidade que hoje congrega 310 profissionais. Além disso, é diretora da Cadiz Segurança e Vigilância, empresa associada ao SESVESP, pertence à Comissão de Valorização do Vigilante e também auxilia nos trabalhos com o CIEE para a oferta cada vez maior de vagas de estágio para estudantes dos cursos de graduação em segurança. Outra profissional que tem se destacado é Ereni Tinoco, coordenadora da Comissão de Valorização do Vigilante. Diretora da Muralha Segurança Privada, Ereni resolveu colocar a idéia da valorização do vigilante em prática e hoje já são muitas as ações nesse sentido, desde a criação de um Revista SESVESP |21| maio / junho 2011