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possuir característica de metástase, naquele período, estava sem as propriedades que caracterizaria a doença. Esta situação nos faz pensar no quanto há discriminação em relação ao estar doente, principalmente neste caso que a entrevistada está com câncer, doença a qual, em seu tratamento, há alterações físicas, como a queda de cabelo. Assim, pudemos ver a importância que é dada a uma aparência saudável, mostrando um fator, entre outros, do porquê é difícil alguém com uma doença degenerativa ou terminal se encaixar no mercado de trabalho, mesmo estando apta para tal. Seu trabalho possui uma enorme importância para as crianças menos favorecidas economicamente, uma vez que ela ajuda diversos jovens que passam por situações difíceis em casa (pais não presentes, com problemas de drogas, etc.) ou na escola ( bullying , problemas de aprendizado, etc.). Um trabalho como esse é extremamente positivo no tratamento e convívio com a doença, pois proporciona um propósito maior para a ela. Como curiosidade, ajudando a entender a dificuldade enfrentada e o sentimento existente, a enferma já enfrentou um caso de leucemia com seu primeiro filho e, devido a isso, escolheu ter uma filha para realizar a transferência de medula para o irmão . Em consequência a essa transferência de medula, sua filha contraiu um problema no coração, tendo que realizar acompanhamento regulares. 15 Dica para ilustrar a situação de doação de medula óssea: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-130304/. 15 A segunda entrevistada se chama Bruna Diniz Rainho, de 29 anos, e realizava o ofício de demonstradora em uma empresa do ramo alimentício. Exerceu essa função de demonstradora desde 2008, porém nessa empresa trabalhou por aproximados um ano e meio e depois se afastou. A doença que possui é a esclerose múltipla e está há dois anos com tal. De acordo com Bruna, a princípio, foi extremamente difícil aceitar uma doença incurável e que não possuía motivos hereditários para a obtenção dessa condição . A mesma relatou que foi ao hospital apenas para verificar um sintoma e descobriu que estava com essa doença. 16 Atualmente, Bruna exerce um acompanhamento com neurologista, especialista o qual cuida especificamente da esclerose múltipla. Sua rotina é conturbada, uma vez que necessita sair pouco de casa devido ao problema que possui em sua perna esquerda por conta da esclerose, apesar de antes ter o costume de andar e correr regularmente, o que fez com que se sentisse mais dependente. Entretanto, a maior dificuldade se dá devido ao problema de visão contraído por conta da doença. Ela perdeu 80% da visão esquerda, fazendo com que não conseguisse mais ler da forma que gostaria. Bruna declarou não frequentar nenhum grupo de apoio, entretanto sua mãe interage em cerca de três ou quatro grupos de apoio através de redes sociais e passa as informações conseguidas a partir desse grupo para ela. Dica para ilustrar o processo de aceitação da doença: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-226823/. 16