Revista Reflita revista | Page 21

torcida organizada, podemos perceber as diferenças. Os que fazem parte da torcida organizada não se preocu- pam com a violência e não aceitam que falem mal do seu clube. O ódio se manifes- ta quando falamos de clubes rivais. Chegamos ao ponto das pessoas não se sentirem mais à vontade para ir ao estádio ou usar a camiseta do seu clube de coração. “As torcidas organizadas poderi- am ser boas para o futebol, desde que as brigas fossem apenas entre as organiza- das e pessoas que quei- ram brigar, sem envolver o torcedor ‘comum’ e tives- sem respeito ao próximo”, acredita Renan Campolon- go, membro da torcida or- ganizada da Mancha Verde. O problema, no caso, é que, todas as vezes que essas torcidas estão juntas, logo viram feras e acham que possuem o direito de tirar vidas e envolver quais- quer pessoas nessa situ- ação. Sempre temos notícias sobre acontecimentos cada vez mais absurdos. O mais recente, no caso, é o caso da final da libertadores de 2018. As duas maiores torcidas de da Argentina: Boca Juniors e River Plate. Na partida de volt da final, os torcedores do River Palte apredejaram o ônibus do Boca Juniors. A SOLUÇÃO Talvez o problema seja mais sério do que possamos imaginar. Apesar de não po- dermos contestar os fatos desses problemas não acon- tecerem apenas no Brasil, a Europa encontra-se bem mais avançada e prepara- da para eventos esportivos do que o Brasil. Já pensou uma partida entre Corinthi- ans e São Paulo com as duas torcidas juntas no estádio? Sim, antigamente era as- sim! Mas juntas? Na mes- ma arquibancada? Os dois torcedores sentados um no lado do outro? O maior clás- sico do mundo - Real Madrid e Barcelona - é disputado enquanto os torcedores fi- cam juntos nas arquiban- cadas. E faz anos que não vemos acontecer nenhuma briga entre os torcedores. Talvez seja questão de edu 20 cação? O que importa é sa- ber respeitar e, como todos os jogadores são preparados para saberem quando es- tão em formação, que nem sempre se pode vencer! É justo, portanto, que os torcedores violentos se- jam impedidos de ter aces- so ao campo. E, sobretudo, desenvolver o respeito ao próximo. Isso começa, no entanto, dentro do campo.