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LiteraLivre nº 5
Sobretudo
expressou
um
autodomínio que ia além do controle
dos batimentos cardíacos, mas de
modo a conseguir modular a própria
frequência
com
que
vibram
as
moléculas de seu corpo por meio de
suas
ondulações
mentais
e
do
predomínio da mente sobre o corpo,
porém, lhe concedendo assim um
domínio também sobre a matéria. Por
ter
manifestado
uma
consciência
alterada passou observar o universo
além de si mesmo, além da horizonte
de visão intemporal do agora, assim,
uma vez compreendendo que o poder
de prever o tempo futuro implica
necessariamente a capacidade de
prever
também
espaços
não
conhecidos muitas vezes, pois o espaço
e o tempo estão entrelaçados; ele
começou a ver além do que os olhos
viam de modo que para ele o futuro
não era mais o futuro e, o passado,
não
era
mais
o
passado
ao
compreender que o passado, presente
e futuro ao estarem interconectados
sua
consciência
gradualmente
se
tornava não linear numa quase
onisciência. O presente não mais era a
fração ínfima do agora o qual tudo
acontecia, mas apenas o ponto de
percepção individual desse horizonte
de visão intemporal que se ampliava
com o elevar e desvelar de sua
consciência. Passou então não ver mais
distinção de onde terminava o presente
e começava o futuro, e quando este se
tornasse passado, era tudo uma só
linha simultânea onde tudo acontecia
ao mesmo tempo ainda que com uma
relação linear.
Passo então ele a vislumbrar o
infinito como uma entidade de possível
contemplar
total,
mas
ainda
- Setembro de 2017
inexprimível por palavras. O infinito
não pode ser definido por uma
questão semântica, a definição é
finita, limitada, o infinito não. Ele
precisou
raciocinar
fora
dos
parâmetros comuns do pensamento
humano,
um
pensamento
não
paramentral onde o todo era um, e o
um era o todo, singular.
O problema era que sua visão
compreendia não somente o para trás
e o a frente do tempo, mas as
variáveis laterais dos acontecimentos
de modo contemplativo a reflexos de
mundos paralelos. Ali era o ponto o
qual convergia sua força de escolhas
que
salpicavam
todas
variáveis
possíveis aos mundos marginais
tangíveis de sua realidade, que era
capaz de alternar seus passos por
realidades escapando a linha temporal
comum como atalhos a mesma.
Desaparecendo
ao
alterar
sua
frequência
aos
demais
mundos
tangíveis, que para ele apenas
descortinava o véu que era aquela
realidade. Seu nome era Theodore
Anderson.
Theodore
Anderson
era
perseguido pela discriminação de
quem o achava ser esquisito por ser
diferente, assim ele começou a
"escorregar" por estes atalhos, para
fugir
da
perseguição
que
era
submetido. Mas Ving Jones como
inexperiente que era resolve segui-lo
o fintando de soslaio, porém o cara
que parecia mais pressentir não
somente o futuro, mas ler mentes, o
abordou pouco tempo depois.
— De onde você veio? —
Indagou
ele
bloqueando
sua
passagem.
Agora é o fim, pensou Jones que
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