Revista LiteraLivre 7ª edição | Page 38

LiteraLivre nº 7 – janeiro de 2018 Carne Viva Lírico Com a alma em carne viva, Meus olhos beijaram-te. Primeiro silêncio. Depois escuridão. Por fim: consentimento. Como quem acorda de um sonho, Vi na sua inesperada chegada O meu mais leviano encantamento. Como arco-íris após longa chuva, Céu após violência da tempestade, Minha alma virou solo fecundo, floresta feita por um grão. Como um embalo de paz em criança, O coração criou um singular compasso... Que acordes comporiam a insólita música ? Que poesias substituiriam a covardia do toque? Que silêncio denunciaria o sentimento escamoteado? 33