LiteraLivre Vl. 3 - nº 14 – Mar./Abr. de 2019
Ó meu Jesus, trazei-me o meu filho de volta!”- Clama.
É já de madrugada e Teresa continua acordada. Não pregara olho.
Está ansiosa, agitada...
“Terrim... Terrim...”
-A campainha! A esta hora?! Quem será?!
Olha o relógio: cinco da madrugada. Levanta-se com o coração em
sobressalto, aos pulos. Parece querer saltar-lhe do peito:
“Quem poderá ser? A esta hora?!”.
- Quem é? – Pergunta.
- Mãe! Mãe! Sou eu!
- Carlos!!! Meu filho! És tu?!
Corre para a porta e, abrindo-a nervosamente, estende os braços para o filho,
que cai neles extenuado e com as lágrimas a correrem-lhe pelas faces
macilentas.
Abraçam-se demoradamente, com força, como se quisessem fundir-se um no
outro, deixando que as lágrimas se misturem e lhes alivie a dor que cada um traz
trancada em seu coração, e ceda lugar a alegria do momento.
- Meu filho!... Meu filho!...
Ó meu Menino Jesus… Ouviste o meu pedido!
E, olhando em direção ao céu, diz: “Obrigada, meu Menino Jesus, pela prenda
maravilhosa, que me trouxeste neste Natal!”
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