LiteraLivre Vl. 3 - nº 13 – Jan/Fev. de 2019
Anjos da Morte
Cleidirene Rosa Machado
Catalão/GO
São os anjos da morte
Se achegaram trazendo má sorte
Suor cálido, gotejando a podridão
Hálito tosco, exalando a putrefação.
Olhos nos olhos, a sublimação
Querem nossa pele, um jogo de sedução...
-Vás-te embora anjo maldito
Leva para longe, esse falar erudito.
Um dia o guerreiro da luz, aquele por vezes venerado
Um dia o grandioso anjo da luz, aquele por todos exaltado
A luminosidade que era suprema. Caiu incerta em um precipício
Aquele ser angelical se cobriu de terror em desperdício
Nasceu rabo, nasceram chifres e por Deus foi levado a um comício.
Adeus a ti, agora eu já me vou.
Esqueça meu nome, esqueça quem eu sou.
Diante do espelho a noite, olha a ti, nobre senhor.
Não entenda o porquê de nós, mas só lhe tenho horror.
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