Revista LiteraLivre 13ª edição | Page 30

LiteraLivre Vl. 3 - nº 13 – Jan/Fev. de 2019 Ao amor eu canto Bruno Bastos Salvador/BA Eu desisto da vida, eu renego meus eus, mas tudo bem querida, a vida nem sempre é breu. Quantos sonhos tranquilos, eu pedi a deus, mas no fim dessa vida, nada mesmo é meu… Quantos olhos tristonhos, acalentei em meus ombros e no fim de tudo, ninguém lembrou quem era eu. Silenciei os meus passos, deixei de me enterrar em abraços, abarquei tudo em mim e no fim deixei só, aquilo que nunca pedi. E a tristeza minha cara, nunca mais me achou, perdida em peças raras, enterrada, na dor. Quantos olhos eu vi? Quantas bocas beijei? E no fim, querido, ja nem sei, quem amei. Sonhei com peças raras e nunca jamais as vi, pedi a deus alento, atento a tudo que nunca deveria sentir. Pedi aos teus belos olhos, que vissem o bem em mim e jamais partissem para outros, outras, pessoas e lugares, amores e verdades que o tempo jamais deixará sumir. Te perdi e perdi a mim mesmo, sonhei com o que nunca mais vi Pedi a deus alento, mas no fim dessa vida, apenas pedi. Sonhei com peças raras, com locais para deitar e jamais levantar, em um mundo onde não teria você. Me perdi em mim mesmo, sonhei com tudo que jamais senti, pedi amores ao vento e mesmo atento, jamais consegui sentir. E no fim desta, desisti de viver, joguei tudo pro alto, pois nunca poderei ter você, fechei bem os meus olhos e a porta do coração, já não sonho mais nada, pois sei, que sonhos são em vão O amor marcado no peito, perdido dentro de mim, amarrado e amordaçado para nunca jamais voltar a existir. 26