Revista LiteraLivre 12ª edição | Page 21

LiteraLivre Vl. 2 - nº 12 – Nov./Dez. de 2018 Aquele funesto lugar segundo Grimstone possuía um ser que era capaz de manipular o próprio medo nos seres humanos de maneira o qual aquele que o perfilasse com olhos carnais estaria fadado a loucura temerária de uma síndrome do pânico extrema. De fato, o estado de Octavios batia com as afirmações, pois ao demonstrar posterior estado de catatonia e choque toda a psicossomática indicava que ele sofreu um estresse extremo, algo que acabou com seus nervos. O chefe do grupo que investigou o suposto caso sobrenatural era Ivan Goldstein, amigo pessoal de Octavios ele era um russo filho de norte-americanos o qual teve experiências anteriores com o controverso Grill Frame. O homem é um absoluto incrédulo, acreditava que todos suposto êxitos de vidência eram coincidências, mas ainda assim ficou tentado a pegar aquele caso sem saber que lhe mudaria a vida. Jones Grimstone, no entanto, estava relutante em participar de experimentos acreditando que o mesmo poderia sobrevir aos comedidos cientistas. Assim Jones aceitou afirmando que se desse errado como ocorreu para John Octavios ele receberia uma quantia montante o suficiente para viver tranquilo por toda vida. Os homens da ciência aceitaram com a condição de registrarem tudo e investigasse todo lugar antes. Com todos os preparativos tudo fora verificado em condições laboratoriais, assim como estes se certificaram de terem condições de segurança mínima. Sob os avisos de temerária advertência de Jones Grimstone a sessão de pintura fora anunciada no início das gravações. O ajudante de Grimstone o auxiliou no simbólico ritual até que com o fim da exultação por um incenso o jovem aprendiz tapou a vista com uns tapa olhos. Segundo o jovem numa rápida entrevista de registro, ele afirmava que fazia parte de um grupo de magia intitulado Irmandade do Medo, o qual a despeito do nome e sua suposta crença no poder expansivo do medo ele disse que ansiavam por controlar o medo a revelar o âmago da existência segundo eles ao menos. A julgar pela experiência aquilo nada seria de bom, pois o jovem insistiu que todos deveriam tapar os olhos quando a 'luz do vazio' iluminasse o atelier. Não precisa dizer que Goldstein duvidou severamente disso dando seguimento ao experimento. Grimstone fintava o vazio quanto o jovem espalhou o incenso sobre ele enquanto o próprio Grimstone balbuciava palavras intraduzíveis, mas que segundo um especialista remetia a língua suméria. Por longos segundos então se fez silêncio aumentando o grau de expectação de todos que presenciavam quando para espanto geral uma luz emergiu sem causa aparente uma vez que todo recinto fora verificado antecipadamente. A luz era tão intensa que os homens da ciência cerraram a visão até virarem o rosto enquanto o Grimstone pintava o quadro freneticamente diante das câmeras que subitamente parecia sofrer algum tipo de interferência magnética. 15