Revista - GRUPO JASF Fevereiro e Março de 2022 | Page 10

Oferecer um bom ambiente para o desempenho das atividades profissionais não é apenas exigência legal , mas oportunidade para melhorar os processos , elevar a produtividade e mitigar os riscos .
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Saúde e segurança no trabalho : questão de boas práticas

Oferecer um bom ambiente para o desempenho das atividades profissionais não é apenas exigência legal , mas oportunidade para melhorar os processos , elevar a produtividade e mitigar os riscos .

O investimento em saúde e segurança no trabalho ( SST ) beneficia tanto empresas quanto colaboradores . “ O retorno é certo e positivo ”, sustenta o advogado especializado nas áreas trabalhista , previdenciária e SST , Rodrigo Dolabela , que também atua como instrutor de cursos , palestras e treinamentos . Para as empresas , o retorno se traduz em “ maior produção , menos acidentes e doenças do trabalho , diminuição do passivo trabalhista e impacto positivo no Fator Acidentário de Prevenção ( FAP )”.
Nesse sentido , as exigências legais , estabelecidas pelas Normas Regulamentadoras ( NRs ), devem ser encaradas como estímulo às boas práticas .
Mas vale anotar que as NRs estão passando por um intenso processo de revisão , que exige adequação e atenção por parte das empresas .
Gerenciamento de riscos
Entre as mudanças , a mais significativa ocorre com a NR 1 , que agora impõe a adoção de um Programa de Gerenciamento de Riscos ( PGR ). O engenheiro químico e de segurança no trabalho , Osny Ferreira de Camargo , que é ex-presidente da Asso- ciação Brasileira de Higienistas Ocupacionais ( ABHO ) e hoje atua como professor universitário , observa que “ o novo texto da NR 1 afeta todas as NRs , por isso ela é tratada como uma norma nuclear ”.
Para Camargo , a exigência do PGR contempla “ um processo padronizado para avaliação de riscos ” e “ torna necessária a revisão de textos de todas as NRs ”. Além disso , o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ( PPRA ) passa a ser incorporado ao PGR . A mudança deve fortalecer as ações realizadas pelas empresas . “ Um programa deve ser algo vivo dentro da empresa , de conhecimento e participação dos trabalhadores na sua execução ”, salienta . 10