Revista - GRUPO JASF Agosto e Setembro 2019 | Page 12

esocial Integração contábil: o novo passo na informatização das empresas A migração das obrigações acessórias para o ambiente virtual, por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), impulsionou o processo de adesão à tecnologia nas organizações. A modernização das em­ presas brasileiras foi acelerada pelas mu­ danças no sistema de cumprimento das obrigações fis­ cais promovidas pela criação do Sped e, posteriormente, por mais um dos seus subprojetos, o Sistema de Escrituração Digital das Obri­ gações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Essa transição foi alvo de crí­ ticas, mas especialistas entendem que o processo gerou benefícios importantes. “Os custos e as com­ plexidades decorrentes da implan­ tação do Sped foram motivo de Contas em Revista - Agosto e Setembro de 2019 Prazeres: “Muitas pessoas vêm essa mudança como uma obrigação e não percebem que esse pode ser o início de uma gestão diferente, com maior nível de controle” 12 Gimenez Jr.: “Atualmente, a integração entre os sistemas de gestão operados pelas empresas e os softwares utilizados pelas organizações contábeis é mandatória” Passada a fase inicial de aprendizado e implantação, as obrigações integraram-se ao cotidiano de empresas e organizações contábeis muitas reclamações dos contri­ buintes. Porém, passada a fase ini­ cial de aprendizado e implantação, obrigações como a Nota Fiscal Eletrônica e as escriturações con­ tábeis digital e fiscal passaram a fazer parte do cotidiano das em­ presas e das organizações con­ tábeis”, avalia o vice-presidente administrativo da Federação Na­ cional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de As­ sessoramento, Perícias, Informa­ ções e Pesquisas (Fenacon), Wilson Gimenez Junior. A mudança já foi assimilada, mas ainda poderia render frutos melhores. Isso porque o processo de informatização fortalece o con­ trole dos dados sobre o negócio, mas nem sempre essas informa­ ções são usadas estrategicamente pelas empresas, sustenta o mestre em Administração e professor titular da Pontifícia Universida­de Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Hélvio Tadeu Cury Pra­ zeres. “Muitas pessoas vêm essa mudança como uma obrigação e não percebem que esse pode ser o início de uma gestão dife­ rente, com maior nível de con­­ tro­le. Quantas empresas têm con­ tro­le sobre sua operação? Quanto