Revista - GRUPO JASF Abril e Maio de 2020 | Page 6

Capa “É por isso que fica mais difícil quantificar o preço de um serviço do que de uma mercadoria”, pon­ dera Assef. Por outro lado, os diferenciais e a qualidade que a sua empresa consegue entregar são argumentos convincentes para estabelecer um preço mais alinhado às suas expec­ tativas. “O ideal é trabalhar mon­ tando uma lógica de impacto no processo produtivo do cliente ou na satisfação do consumidor”, ar­ gumenta o professor da Live Uni­ versity e owner na RE/MAX Xa­ vante, Caio Montagner. “O valor percebido é um caminho interes­ sante para serviços”, frisa. Para estabelecer o valor perce­ bido, é fundamental entender os aspectos que geram efeito posi­ tivo para o cliente. A partir des­ sa compreensão, é possível construir argumentos per­ suasivos para serem usados nas ne­ gociações Contas em Revista - Abril e Maio de 2020 e nas prospecções. Outra estraté­ gia é definir métricas que indi­ quem os resultados que podem ser alcançados por meio dos ser­ viços oferecidos. Custos em análise Entre os fatores que devem ser analisados na precificação dos ser­ viços, os custos ocupam posição de destaque. Embora nunca devam ser avaliados isoladamente, eles são fundamentais para chegar a um valor que seja capaz de compensar os gastos e ainda gerar lucros. Sem saber com exatidão os custos en­ volvidos, não é possível calcular as margens de ganho. 6 A principal dificuldade, nesse caso, não é apenas a de apurar todos os custos (diretos, indire­ tos, fixos e variáveis), mas, tam­ bém, incluir esses valores no pre­ ço de cada cliente. Isso porque, majoritariamente, os gastos fixos são os que mais impactam a pres­ tação de serviços. Em uma clínica médica, por exemplo, infraestru­ tura, equipamentos e pessoal são os custos mais elevados e inde­ pendem da quantidade de pacien­ tes atendidos. Independentemente da área de atuação, Assef avalia que usar um rateio simples não é o melhor ca­ minho para apurar os custos que