Revista - GRUPO JASF Abril e Maio de 2020 | Page 7

Capa mas até os custos invisíveis são im­ portantes a depender da operação da empresa”, ressalta Alvarez. A partir dessas análises, é pos­ sível começar a estabelecer o preço dos serviços. Alvarez sugere o pró­ prio método de custo por absorção para precificar. “Eventualmente, utilizo a margem de contribuição por ser mais fácil de detectar os custos variáveis”, comenta. Para definir o preço pela margem de contribuição, é necessário somar o ganho desejado (margem de con­ tribuição) com os custos envolvi­ dos na prestação de serviços. A formação de preços deve conciliar os cálculos básicos mais a percepção do mercado e as expectativas e necessidades dos clientes 7 Alvarez: “Até os custos invisíveis são importantes a depender da operação da empresa” Competitividade e valor agregado A perspectiva do lucro que se pre­ tende alcançar e os custos são pres­ supostos básicos para a formação do preço, todavia, não devem ser os únicos indicadores considerados. Pa­ ra estabelecer um valor que seja com­ petitivo, é primordial analisar a práti­ ca do mercado, afirma Montagner. Além disso, é indispensável demons­ trar o valor que a atividade pode gerar para o cliente. “O balizamento pelo mercado ajuda na competitividade e o impacto do serviço no cliente torna o preço menos importante, passando a ser visto como um investimento de óbvio retorno”, esclarece. Dessa forma, a precificação de­ ve conciliar os cálculos básicos mais a percepção do mercado e as expectativas e necessidades dos clientes. “Sem mostrar o valor e o impacto no cliente, é difícil vender. A lógica é transformar o que o cliente entende como uma situação normal ou infeliz em um pequeno estudo de caso, aprofundando a conversa”, orienta. Contas em Revista - Abril e Maio de 2020 Montagner: “O ideal é trabalhar montando uma lógica de impacto no processo produtivo do cliente” incidem sobre os serviços presta­ dos. A metodologia sugerida pelo consultor é a do “custeio baseado em atividades”, conhecida por Cus­ teio ABC (sigla para o termo, em inglês, Activity Based Costing). Esse sistema apura os custos a partir das diferentes atividades rea­ lizadas na empresa, identificando separadamente os gastos para che­ gar ao resultado. Assef explica que o procedimento, apesar de mais lento, é mais exato em comparação ao rateio arbitrado. O consultor empresarial e só­ cio-administrador da ZR Consul­ toria, José Rubens Alvarez, reco­ menda outro método de análise: o custo por absorção, também cha­ mado de custeio integral. Esse pro­ cedimento consiste na distribuição dos custos destinados a todos os serviços prestados, exigindo crité­ rios para definir o formato do ra­ teio que será feito. Em todos os casos, a exatidão na apuração dos valores é essencial. “To­ dos os custos exigem atenção; exis­ tem os mais importantes, como os custos diretos e fixos, por exemplo, Assef: “O serviço é intangível. [...] Em um primeiro momento, não é algo mensurável”