Gestão
Marketing é uma coisa,
publicidade é outra
O primeiro identifica uma ne-
cessidade do mercado, cria um
produto ou um serviço, comunica
a existência dele e, por fim, acom-
panha, no pós-venda, a satisfação
do cliente. Já a publicidade é focada
na divulgação, com o objetivo de
permitir ao mercado conhecer a
empresa e o que tem a oferecer.
Para muitas marcas, a publicidade
é o carro-chefe das vendas, mas ela
não funciona sem um marketing
estruturado. “Não adianta gastar
com comunicação se a pessoa se
interessar pelo produto, chegar
para comprar e não conseguir, por
problemas de distribuição. O setor
de marketing vai olhar para toda a
empresa”, afirma o consultor de
marketing e diretor do ABC da
Comunicação, Luciano Bonetti.
Marketing é para todos
Em qualquer modelo de empre-
sa, não importa o tamanho, nem
mesmo o setor de atuação, o mar
keting vai criar a percepção de va-
lor que um cliente tem da marca.
E não é preciso gastar muito: a
verba a ser investida na área será
proporcional ao faturamento da
empresa. “No custo do produto
ou serviço já tem de embutir os
custos do marketing, para que a
verba necessária deixe de ser um
gasto, sem causar incômodo ao ser
reservada, e se torne investimento”,
diz Bonetti. A porcentagem do fa-
turamento a ser gasto em mar
keting pode variar de 2% a 10%.
Não há só um tipo
de marketing
Cada empresa deverá descobrir a
vertente de marketing mais adequada
Bonetti: Quando incluído no custo
do produto, marketing deixa de ser
custo e torna-se investimento
ao seu negócio. Por exemplo, um
prestador de serviço autônomo po
de investir em marketing pessoal.
“Ele vende a imagem dele para ser
visto como especialista naquele
assunto. Para isso, precisa aparecer.
Pode fazer palestras e cursos, por
exemplo”, explica o professor da
PUC-SP e autor de mais de 20
livros, entre os quais “Marketing de
Las Casas: Cada empresa deverá
descobrir a vertente de marketing
mais adequada ao seu negócio
Serviços” (Editora Atlas), Alexan-
dre Luzzi Las Casas. Outros tipos
importantes são o marketing digi-
tal, que utiliza sites, blogs, busca-
dores, redes sociais e aplicativos;
marketing de relacionamento, que
visa a construir uma relação com
os clientes; e o marketing de con-
teúdo, que atrai e fideliza o cliente
ao produzir conteúdo útil para ele.
Três etapas de um plano de marketing
Trata-se de um documento que detalha as ações necessárias para estruturar um plano
de marketing na sua empresa. Veja como fazer.
Planejamento: chegou a hora de organizar as metas. Para isso, é necessário unir
os dados colhidos na análise de mercado (incluindo a concorrência) e na
identificação de ameaças e oportunidades (ou os pontos fracos e fortes da sua
empresa, em relação às outras).
Implantação: é a execução do plano de marketing. Deve conter as atividades
a serem desempenhadas, prazos, sequência e ordem de prioridade. Também
pode conter os custos das ações, além de informar o responsável por cada uma
das atividades.
Avaliação e controle: ao olhar para os resultados, será possível ver
se a atuação aconteceu de acordo com o esperado. É, então, o momento de ajustar
os próximos passos, se preciso, com o objetivo de atingir as metas. Esse controle
deve ser contínuo.
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Contas em Revista - Abril e Maio de 2019