11 da empresa , sua capacidade de pagamento e as melhores soluções para diminuir o problema . Entretanto , se não existe um registro adequado das receitas , das despesas e de outros indicadores financeiros , dificilmente será possível identificar o tamanho do desafio relacionado às dívidas .
“ A análise do endividamento de uma empresa envolve o cálculo de uma série de variáveis ”, explica a consultora da Econsult . O levantamento é feito utilizando-se os dados relacionados às dívidas em conjunto com os demais indicadores finan ceiros do negócio .
Outra informação fundamental é a que leva a entender as razões pelas quais a empresa se endividou . Grasselli ressalta que a dívida assumida pa ra capital de giro ( voltada para se arcar com os compromissos do dia a dia ) é mais prejudicial ao negócio do que a dívida feita com a finalidade de realizar investimentos ( que pressupõe ganho produtivo e de eficiência ). “ O endividamento deve ria estar concentrado no longo prazo para não comprometer o fluxo de caixa ”, salienta .
A melhor compreensão sobre o endividamento da empresa facilita a tomada de decisão sobre alternativas para equilibrar as finanças . A renegociação da dívida é o primeiro passo a ser dado . “ Em geral , há um espaço para quem quer pagar suas dívidas e a renegociação pode ser uma boa alternativa para todos ”, comenta Cassel . Leite frisa que essa é uma ação de curto prazo que pode trazer efeitos imediatos sobre o fluxo de caixa .
No caso das organizações que ainda dependem de crédito para viabilizar suas operações ou que bus cam opções de crédito mais barato para quitar débitos elevados , há possi bilidade de recorrer ao Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte ( Pronampe ), que foi reaberto . “ É uma linha de crédito de longo prazo , com juros mais acessíveis ”, esclarece Grasselli .
O ideal é que a empresa tenha uma reserva financeira que cubra os gastos por pelo menos 12 meses para poder atravessar momentos críticos
A portabilidade do crédito também é uma solução viável . “ Muitas vezes , até para renegociar , fica mais fácil se você tiver uma proposta de outra empresa ( para portabilidade )”, enfatiza Cassel . Leite orienta que essa opção “ sempre deve ser estudada e negociada com os bancos . Se for feita , além da redução nas taxas de juros , também se deve negociar nova forma de paga mento , obtendo carência para iniciar os pagamentos , prazos maiores , substituição de pagamentos mensais por trimestrais , entre outras facilidades ”.
publicada originalmente na edição de jun . -jul .’ 21