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vida escolar com dificuldades em
Matemática, e mais tarde se tornam
grandes engenheiros e engenheiras.
Raramente temos oportunidade de refletir
sobre tais questões. Esquecemo-nos de
que é mais fácil aprender quando estamos
diante de algo que nos pareça significativo
e importante, e assim distanciamos a
linguagem da escola daquilo que faz
sentido para os alunos.
O PROBLEMA DA TRANSMISSÃO
Além de questionar a eficácia da escola
atual na transmissão dos conhecimentos a
que se propõe, podemos também refletir
sobre a validade do papel social do
ambiente escolar como mero transmissor
de conhecimentos.
A concepção que coloca o aluno como
personagem
passivo
da
relação
pedagógica,
mero
acumulador
de
conteúdos, vem sendo questionada por
inúmeros desafios que a sociedade
contemporânea vem apresentando à
educação.
Em linhas gerais, pode-se dizer que o modo
como a escola tradicional está estruturada
subentende que, para "se dar bem na
vida", basta ao aluno apreender, com a
maior extensão e exatidão possíveis, todos
os conteúdos comunicados a ele pelos
professores em suas aulas.
Logo, os melhores alunos são aqueles que
obtêm as maiores notas nas provas, onde
são intimados a repetir o que foi exposto
pelo professor durante aquele período de
aulas.
Pouco (ou nada) importa à escola se seus
melhores alunos têm um círculo saudável
de amigos, se têm hobbies, se passeiam,
viajam, se têm animais de estimação, se
sofrem ao ver as brigas dos pais etc.
Alunos que demonstram alto nível de
desempenho dentro das regras da escola
podem ser inábeis fora dela.
A despeito das enormes e velozes
mudanças
que
reconfiguraram
a
humanidade no último século, a função da
escola foi pouco alterada.
NOVAS PERSPECTIVAS
Uma justificativa tradicionalmente utilizada
pela escola para valorizar a apreensão de
conteúdos é o vestibular.
É curioso, pra dizer o mínimo.
Então todo funcionamento da escola, ao
longo de mais de uma década de vida da
criança, está embasado na preparação para
uma única prova, aplicada para aqueles
que desejam ingressar no ensino superior?
O que acontecerá com nossa escola se, a
partir de amanhã, os aprovados em todos
os vestibulares passarem a ser decididos
por sorteio (como sugeriu Rubem Alves...)?
Todos concordam que a importância da
escola na vida dos cidadãos deve ir além do
preparo para uma prova.
Em primeiro lugar, vivemos um tempo em
que o conhecimento baseado na
padronização de soluções para os mesmos
problemas vem perdendo terreno. O
conteúdo que se aprendeu na escola ano
passado pode não valer mais esse ano.
Mais do que reter conhecimento, é preciso
ser capaz de criar conhecimento / inovar.
No mercado de trabalho, cada vez mais
empresas se dispõe aos custos com
treinamentos, visando à superação de
certas lacunas no conhecimento de seus
colaboradores. Tais organizações, porém,
não admitem a ausência de características
como bom relacionamento interpessoal,
capacidade de liderança ou flexibilidade –
coisas que a escola não ensina.
O conhecimento já se encontra
disseminado na internet, à disposição de
qualquer um que saiba utilizar os (cada vez
mais inteligentes) mecanismos de busca. A
retenção de inf