Revista FAATESP Ano 1 / N° 1 - Ago 2014 | Page 34

[email protected] transformar uma ideia em uma realidade lucrativa. (PINCHOT III, 1989, p. xi). Pinchot III (1989), ainda destaca algumas atitudes comumente encontradas em intraempreendedores, são elas: i. Ir ao trabalho a cada dia disposto a ser demitido; ii. Evitar qualquer ordem que vise interromper seus sonhos; iii. Executar qualquer tarefa necessária a fazer seus projetos funcionarem, a despeito de suas descrições de cargo; iv. Encontrar pessoas para ajudá-lo; v. Seguir intuição a respeito das pessoas que selecionar e, trabalhar somente com as melhores; vi. Trabalhar de forma “clandestina” o máximo que puder, pois a publicidade ativa o mecanismo de imunidade das organizações; vii. Nunca apostar em uma corrida, a menos que estiver correndo nela; viii. Lembrar de que é mais fácil pedir perdão do que permissão; ix. Ser leal às metas, mas realista quanto às maneiras de atingi-las; e x. Honrar os patrocinadores. Além do perfil intraempreendedor de seus funcionários, uma organização considerada inovadora e hábil na gestão estratégica de pessoas, possui como um de seus elementos essenciais a criatividade de seus colaboradores. Assim, quem gerencia a inovação dentro da empresa, necessita incentivar a criatividade dos mesmos (PINCHOT III e PELLMAN, 2004; MARRAS, 2011). Neste contexto, Kao (1989) destaca algumas ações que podem contribuir com a criatividade dos indivíduos dentro das organizações, são elas: i. Estrutura corporativa aberta e descentralizada; ii. Apoiar uma cultura que incentive a possibilite experiências criativas; iii. Promover atitudes de experimentação; iv. Preconizar casos de ideias bem sucedidas dentro da organização; v. Assentir que colaboradores errem e fracassem, desde que, estejam empreendendo esforços para criar/lançar produtos ou processos inovadores; vi. Explorar ao extremo a comunicação efetiva em todos os níveis; vii. Disponibilizar recursos para novas ações/iniciativas; viii. Garantir que novas ideias não sejam facilmente descartadas; ix. Mitigar a burocracia em processos de alocação de recursos; x. Sustentar recompensas para iniciativas bem sucedidas; xi. Prover uma cultura organizacional que sustente a tomada de risco calculado; xii. Sumarizar interferências administrativas; xiii. Prazos flexíveis; e xiv. Delegar responsabilidades para dar início a novas ações. Ações estas, também citadas, mesmo que não em sua totalidade, por Doh e Pearce II (2004), para embasar seu modelo teórico que descreve, modela e prevê estratégias empresariais, apoiadas no empreendedorismo corporativo, de organizações em ambientes que se encontram sob transição de políticas públicas. Em suma, o desempenho humano é essencial para uma empresa, e isso independe de seu ramo de atuação, por tal motivo, esta desenvolve, organiza e estabelece uma forma de atuar sobre o comportamento, ou seja, um modelo de gestão de pessoas. Os modelos de gestão de pessoas são influenciados por fatores internos (produto, tecnologia, estratégia, cultura e estrutura corporativa), e externos (cultura de trabalho de dada sociedade, legislação trabalhista e, função conferida ao Estado e aos demais agentes que atuam nas relações trabalhistas) ao âmbito corporativo (FISCHER, 2002).