[email protected]
Outras especifidades dos adultos é que a
medida que as pessoas amadurecem
(KNOWLES, 2009):
• Passam de pessoas dependentes
para
independentes
e
autodirecionadas;
• Acumulam experiências de vida que
vão ser fundamento de seu
aprendizado futuro;
• Seus interesses pelo aprendizado se
direcionam para o desenvolvimento
das habilidades que utiliza no seu
papel social, na sua profissão;
• Passam a esperar uma imediata
aplicação prática do que aprendem,
reduzindo seu interesse por
conhecimentos a serem úteis num
futuro distante;
• Preferem aprender para resolver
problemas e desafios, mais que
aprender
simplesmente
um
assunto;
• Passam a apresentar motivações
internas (como desejar uma
promoção, sentir-se realizado por
ser capaz de uma ação recémaprendida, etc), mais intensas que
motivações externas como notas
em provas, por exemplo.
Considerando todas essas especifidades,
podemos afirmar que uma boa forma de
propor uma aprendizagem significativa
para os adultos, os futuros educadores,
seria a aprendizagem lúdica por meio de
jogos.
“Um jogo pedagógico é uma
réplica, em tamanho reduzido, de
alguns aspectos da vida cotidiana,
servindo para confrontar os
alunos com problemas que
necessitam de solução ou de
soluções.” (ANTUNES, 1974, p. 13)
Antunes (1974, p.15) nos fala que durante
os sete primeiros anos de ensino, a
vitalidade e o ânimo dos alunos para os
jogos é bem maior e que a partir dessa
faixa até o ensino superior a frequência
deve ser progressivamente menor e com
maior critério de escolha do jogo adequado
ao nível da classe, fato sobre o qual
discordo totalmente, tomando como base
estudos mais recentes e a própria
experiência que demonstra que em todos
os níveis de ensino os jogos são bem
vindos, desde que adequados as
expectativas de aprendizagem para o
grupo e que tenham uma boa relação com
o conteúdo que está sendo apresentado ou
discutido.
Em Jogo e Educação (1998, p. 27),
Brougère cita o que Reynolds nos fala a
respeito do lúdico:
“o caráter lúdico de um ato não
provém da natureza do que é
feito, mas da maneira como é
feito... O jogo não comporta
nenhuma atividade instrumental
que lhe seja própria. Ele extrai
seus modelos de outros sistemas
afetivos comportamentais. No
jogo, em situação normal, o
comportamento se encontra
dissociado de (e protegido contra)
suas consequências. É aí que
reside ao mesmo tempo a
flexibilidade e a frivolidade do
jogo.”
Complementaria esse pensamento de
Reynolds com as seguintes ideias: é o jogo,
por meio do seu caráter lúdico que nos
permitirá recuperar a espontaneidade, a
criatividade, o correr riscos que tanto
faltam aos adultos já formados e
formatados pela educação formal.
Gramigna (1995, p.1) em Jogos de Empresa
e Técnicas Vivências nos fala das etapas de
desenvolvimento e do processo de
mudanças nos adultos, nos apresentando
cinco estágios:
• Primeiro estágio: está ligado ao
nível de informação a que cada um
tem acesso e à forma como ela é
percebida e sentida internamente;