Revista FAATESP – Ano 1 / n° 01 – Ago 2014
A importância da ludicidade e da aprendizagem por meio de jogos para
a formação do educador
Autoras:
Regiane da Costa Menezes (regiane.menezes@faatesp.edu.br)
Doralice Inocêncio
RESUMO
O presente artigo trata da importância do lúdico e da aprendizagem por meio de jogos para
a formação do educador. Faz uma revisão bibliográfica da produção acadêmica no campo da
ludicidade ao ponto de notar uma certa escassez de materiais produzidos nessa área do
conhecimento, trata dos motivos dessa falta de produção acadêmica, inclusive do
preconceito de que o lúdico é vítima, por conta da nossa sociedade ter se pautado desde os
primórdios da civilização na racionalidade como fonte de todas as repostas. Também tratar
da ausência de disciplinas que enfatizem o lúdico nas grades curriculares dos cursos de
formação de professores. Falaremos da dificuldade de diálogo entre a produção acadêmica
da área educacional e empresarial quando o assunto é o avanço nos estudos sobre o ensino
e aprendizagem dos adultos, campo em que a área empresarial encontra-se, de certa forma,
adiantada, por isso a necessidade desse diálogo. O foco é o ensino de adultos, a chamada
andragogia, procurar entender os seus preceitos e diferenças com relação a pedagogia.
Entender a origem do conceito de desenvolvimento de competências por meio do
conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA). Falar da importância do ensino por meio de
jogos e de suas vantagens para o desenvolvimento de competências nos adultos. Trazer
exemplos de inserção do lúdico na aprendizagem de adultos que deram certo, tanto na
escola quanto na empresa.
Palavras-chaves: lúdico, formação de professores, andragogia, jogos, competências
1. INTRODUÇÃO
questão inquietante que levou a
essa pesquisa foi a tentativa de
descobrir se uma maior inserção do
lúdico e da aprendizagem por meio
de jogos na formação de
educadores pode contribuir para o
desenvolvimento de competências e
consequente
ampliação
dos
conhecimentos, habilidades e atitudes
(CHA) desses profissionais.
A inquietação provém principalmente da
própria vivência da autora em sala de aula,
como aluna ou educadora. No primeiro
caso, no papel de aluna foi constatado o
quanto os professores ainda insistem em
aulas
expositivas
enfadonhas
que
A
poderiam ser muito mais produtivas e
proporcionar maior aprendizagem, caso
esse educadores fizessem a inserção de
jogos
ou
atividades
lúdicas,
ou
simplesmente
demonstrassem algum
prazer em realizar esse trabalho (o que por
si só, já é uma atitude lúdica). Como
educadora ocorreu a oportunidade de
vivenciar nos diversos níveis da educação,
tanto a formal: educação infantil, ensino
fundamental, educação de jovens e
adultos, quanto na atuação em ONG
(Organização Não Governamental) com
aprendizes, com colaboradores no RH de
uma empresa e com formação de
instrutores da área de TI (Tecnologia da
Informação), o quanto o uso de jogos,
dinâmicas de grupo, exposição dialogada,
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