Revista Educar FCE EDUCAR FCE 6ED VOL1 - 23-06-207 | Page 241

primeiro, pontes para si e a construir pontes”. essencial para realização mesmo, mas não pare aí. Quando o professor do trabalho pedagógico. A segunda grande etapa é vence as barreiras do egoísmo, Na relação entre professor pontes para outros. que provoca sentimentos de e aluno, para que aconteça Na relação professor- superioridade, permitindo essa comunhão o dialogo aluno, ambos precisam percebe-se como o detentor aberto e pautado na confiança compreender que a primeira do saber, e se empenha em recíproca é indispensável, ponte a ser construída é construir pontes em direção porém esse tipo de dialogo dentro de nós, para depois se aos alunos, ele torna-se só será possível, se o Amor estender aos outros, ligando capaz de acreditar nas for seu sustentáculo. as rachaduras muitas vezes potencialidades dos alunos Vale apena ressaltar provocadas por concepções e nunca irá considerá-los que o diálogo não surgi erradas de “ENSINO” e como “casos perdidos”. repentinamente, precisando “APRENDIZAGEM”, porém, Segundo Nikos ser estimulado desde a essa ponte só poderá ser Kazantzakis apud Buscaglia primeira infância, nas pequenas edificada como o elemento (1982, p. 11), sugere que os ocasiões da vida diária, através essencial – O AMOR. “professores ideais são os das rodas de conversas, No processo ensino- que se fazem de pontes, onde o aluno pode partilhar aprendizagem, professor e que convidam os alunos suas experiências, porém aluno são dois personagens a atravessarem, e depois, isso só acontece, quando o fundamentais, que precisam tendo facilitado a travessia, professor abre mão de uma estar ligados, por meio de desmoronam-se com prazer, postura autoritária , que gera pontes construídas com amor, encorajando-os a criarem as monólogos e não diálogos. para que verdadeiramente o suas próprias pontes”. Para que ocorra diálogo, é conhecimento seja efetivado. É no ambiente de preciso ter anteriormente A esse respeito, o Papa sala de aula que acontece o uma relação de confiança Francisco em 2016, afirma instante crucial da construção recíproca, que tem como que “nosso grande desafio é do conhecimento, onde aluno condição básica a compreensão criar uma cultura do encontro, e professor se encontram, e aceitação do outro, derivada que encoraje cada pessoa e procurando desenvolver e do amor, mas não conivência cada grupo a compartilhar a obter a plenitude, a comunhão comprometedora com seus riqueza de suas tradições e entre eles. Esta comunhão é vícios, erros e desvios morais. experiências, a abater muros um elemento extremamente GADOTTI (1999, p. 2) ABRIL | 2017 241