Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2018 | Page 5
A Runporto
organiza
algumas
dezenas de
caminhadas e
de corridas na
região Norte do
país. Já
colocou na
estrada várias centenas de
milhar de pessoas a fazer
exercício físico, sendo, assim,
um dos principais agentes na
promoção da saúde através
também da motivação para a
prática de exercício físico. A EDP
Maratona do Porto, que se realiza
em novembro, é a sua principal
prova. É também a Maratona de
Portugal, sendo a única prova
homologada para tempos de
acesso a campeonatos europeus,
do mundo e jogos olímpicos. O
elevado nível de organização e de
participação fez com que a
International Association of
Athletics Federations (IAAF) lhe
atribuísse o grau de Bronze Label
Road Race. A 15ª edição da EDP
Maratona do Porto (4/11/2018)
pertence agora ao calendário
oficial da IAAF, uma distinção que
a coloca como uma das melhores
provas no circuito mundial das
maratonas. A 1ª edição ocorreu
em 2004 e participaram, na
clássica distância de 42.195
metros, 317 atletas, mas na edição
de 2017 participaram mais de
6.000 atletas de 69 países (27%
eram atletas estrangeiros),
tornando-a a maior maratona de
Portugal. No conjunto das três
vertentes do evento (Maratona,
Family Race e Fun Race) a partici-
pação excedeu as 15 mil pessoas.
Parabéns à Runporto e ao seu
Diretor-Geral Jorge Teixeira pelo
prestígio que dão a Portugal e pela
promoção da saúde que propor-
ciona aos portugueses.
A Federação Espanhola de Medicina
Desportiva publicou em 18 de julho
uma Nota de Imprensa, na qual
manifesta a sua preocupação sobre
a realização de exames-médicos des-
portivos por parte de empresas com
“fins claramente comerciais”, tendo
considerado oportuno a produção
de algumas considerações, apoiadas
no documento de consenso Recono-
cimientos médicos para la aptitud
deportiva (ver texto integral no site
da Revista: www.revdesportiva.pt) da
Sociedad Española de Medicina del
Deporte (SEMED-FEMEDE), apresen-
tado durante as VII Jornadas Naciona-
les de Medicina del Deporte, realizadas
em Saragoça, em novembro de 2017.
Naquela nota refere que o reco-
nhecimento médico para a prática
desportiva é uma ferramenta funda-
mental para a saúde do desportista,
que a “qualificação, profissionalismo,
experiência e responsabilidade deve
ser o único requisito que garanta
a atenção médica recebida pelo
atleta”, que qualquer decisão deve
ser tomada com garantias de apti-
dão e que o exame deve ser reali-
zado por médicos, preferencialmente
com conhecimentos para o realizar,
isto é, com formação em medi-
cina desportiva. É, sem dúvida, um
exemplo que poderia seguir também
por cá. Ver comentário na secção da
FMUP (Dr. José Ramos).
É uma obra
inédita que
fazia falta
à literatura
médica
portuguesa
no âmbito
da Medicina
Despor-
tiva, mas
também de
interesse a
outras especialidades médicas. Foi
com muito empenho e persistência
que os Drs. José Carlos Carneiro e
Manuel Vaz, assistentes hospitalares
de pneumologia e com dedicação à
medicina desportiva, construíram e
coordenaram a produção desta obra,
para a qual contribuíram mais de
três dezenas de médicos ao longo de
quase 30 capítulos. Este livro aborda
a fisiologia, a anatomia, as provas
funcionais e de esforço, as diversas
patologias, a prescrição do exercício,
assim como outros temas oportunos,
como seja a temática da dopagem e
do sono, a psicologia e as populações
especiais. Esta obra surge porque os
autores reconhecem que “a patologia
respiratória nos atletas é motivo de
grande preocupação por parte dos
médicos que os acompanham”, pelo
que é “uma obra imprescindível para
os clubes e instituições desportivas
e para a formação dos clínicos”. A
“escrita é acessível e didática”, sendo
mais um motivo para a sua leitura.
O prefácio é do Prof. Doutor João
Paulo Almeida, a edição é da Lidel,
tem o apoio da BIAL e os benefícios
revertem a favor da SPMD.
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