Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2018 | Page 29
Routine Assessment and
Promotion of Physical Activity in
Healthcare Settings
A Scientific Statement from the
American Heart Association
Tradução em Português.
“Resumo: A inatividade física é
um dos fatores de risco major
mais prevalentes na saúde, em
que 8 em 10 adultos americanos
não satisfazem as orientações
para a realização de exercício
aeróbio e de condicionamento
muscular e está associada com
a elevada prevalência de doen-
ças cardiovasculares. Melhorar e
manter os níveis recomendados
de atividade física leva á redução
de fatores de risco metabólicos,
hemodinâmicos, funcionais,
composição corporal e epigenéti-
cos para as doenças crônicas não
transmissíveis. A atividade física
tem também um papel significa-
tivo, em muitos casos compará-
veis ou superiores às intervenções
com medicamentos, na prevenção
e gestão de mais de 40 condições,
como diabetes mellitus, can-
cro, doenças cardiovasculares,
obesidade, depressão, doença de
Alzheimer e artrite. Enquanto
que a maioria dos fatores de risco
modificáveis de doenças cardio-
vasculares incluída na American
Heart Association’s My Life Check
– Life’s Simple 7 são avaliados
rotineiramente na prática clínica
(glicose e perfis lipídicos, pres-
são arterial, obesidade e taba-
gismo), a atividade física não é
tipicamente avaliada. O objetivo
desta Declaração é fornecer uma
revisão abrangente da evidência
da viabilidade, validade e eficá-
cia da avaliação e promoção da
atividade física em ambientes de
saúde para pacientes adultos.”
Texto integral no site da Revista
(www.revdesportiva.pt).
Circulation. 2018; 137:00–00. DOI: 10.1161/
CIR.0000000000000559
A Professora María Kapsokefalou, de
Nutrição Humana, da Universidade
Agrícola de Atenas, Grécia, publicou
um texto na Newsletter da Cátedra
Internacional de Estudos Avançados
de Hidratação (CIEAH), edição de ou-
tubro 2017, no qual apresenta os be-
nefícios do chá para a saúde. Começa
por referir que as bebidas com maior
conteúdo em nutrientes favoráveis
ou compostos bioactivos ou menor
conteúdo energético estão positi-
vamente associados com o risco de
doenças crónicas, como seja a redu-
ção do risco de desenvolver patologia
coronária, diabetes tipo 2, cancro, ao
mesmo tempo que melhora a saúde
óssea e dentária. Refere que o chá
tem propriedades únicas e se não lhe
for adicionado açúcar o seu conteúdo
calórico é mínimo. Para documentar
as suas conclusões apresenta uma re-
visão Cochrane (Santesso & Manhei-
mer, Global Adv Health Med. 2014;
3(2):66-67) e discute vários estudos.
Numa metanálise (Williamson, Nutr
Bull. 2017; 42(3):226-235) a ingestão
associa-se à prevenção da diabetes
tipo 2. Noutra, com 16 estudos em
138523 doentes (Guo M et al., Nutr
Res. 2017; 42:1-10), verificou-se a as-
sociação com a melhoria da densida-
de óssea e ainda noutra (Huang et al.,
Nutrition. 2016; 32:3-8) com 9 estudos
e 465274 participantes verificou-se
o efeito preventivo do chá verde do
cancro do fígado em mulheres asiá-
ticas. Em relação aos mecanismos
de atuação, a professora Kapsokefa-
lou refere os polifenois, sobretudo as
catequinas, havendo relação com a
microflra intestinal e com alguns bio-
marcadores cardiovasculares, refe-
rindo o estado antioxidante do plas-
ma, a vasodilatação, a coagulação ou
os parâmetros de inflamação. Indica
uma revisão do ano passado (Saeed
et al. Biomedicine & Pharmacothe-
rapy. 2017; 95:1260-1275) em que o
“galato epigalocatequina se associou
a propriedades antioxidantes, anti-
-envelhecimiento, anti-inflamatórias,
anticancerígenas, antidiabéticas, hi-
polipidémicas, antivíricas, antimicro-
bianas, antiparasitárias e melhoria
da memória”. O chá parece, assim,
ser bom de mais e “servir para tudo”,
mas as conclusões devem ser aborda-
das com elevado espírito crítico. Mas,
entretanto o chá continua a ser uma
boa bebida para a essencial hidrata-
ção. Basil Ribeiro
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