Revista de Medicina Desportiva Informa Setembro 2018 | Page 21

progressivas. Desta forma, a identifi- cação de lesão em estádio inicial por TC ou hipersinal no pedículo adja- cente em T2 na RM são preditores de consolidação óssea na espondi- lolise. 6,10,11 A espondilolistese de alto grau sintomática responde de forma irregular ao tratamento conservador e a espondilolistese de baixo grau quando displásica tem maior risco de progressão e desenvolvimento de deficits neurológicos. 1,4 O tratamento cirúrgico está indi- cado em crianças ou adolescentes com espondilolistese sintomática com mais de 50% de translação, presença de défices neurológicos, persistência da dor ou agravamento da listese, apesar do tratamento conservador instituído. Os jovens com imaturidade óssea e espondi- lolistese grau II sintomática podem ter indicação cirúrgica, sendo esta também considerada na espondi- lólise sintomática após tratamento conservador durante 6 meses. 1,3,13 A avaliação da eficácia do trata- mento tem-se baseado na resolu- ção dos sintomas, recuperação do balanço sagital global, consolidação imagiológica e retorno à atividade física. O regresso à atividade des- portiva na espondilólise e espondi- lolistese de baixo grau varia entre os 6-12 meses, sendo controverso o regresso à prática de desportos de contato (ex.: futebol e o hóquei) e modalidades com hiperextensão da coluna como a ginástica e a dança. 2 Correspondência para: Inês Mendes Ribeiro, Hospital Prof. Dou- tor Fernando Fonseca, EPE. [email protected] Bibliografia Não existe uma abordagem terapêu- tica gold standard da espondilólise e espondilolistese de baixo grau nos atletas. A literatura sugere uma intervenção inicial conservadora com modificação da atividade física, técnicas cinesiológicas e ortótese de tronco. O tratamento e regresso à atividade desportiva deve ser indi- vidualizado de acordo com a gravi- dade da lesão, sintomas associados e modalidade desportiva praticada. 1. Mora-de Sambricio, A., Garrido-Stra- tenwerth. E., Spondylolysis and spondylo- listhesis in children and adolescents. Revista Española de Cirugía Ortopédica y Trauma- tología. 2014; 58(6):395-406. 2. Bouras, T., Korovessis, P., Management of spondylolysis and low-grade spondylolisthe- sis in fine athletes. A comprehensive review. European Journal of Orthopaedic Surgery & Traumatology. 2015; 25(1):167-175. 3. Tsirikos, A.I., Garrido, E.G., Spondylolysis and spondylolisthesis in children and adolescentes. Bone & Joint Journal. 2010; 92(6):751-759. 4. Cavalier, Ralph, et al. Spondylolysis and spondylolisthesis in children and adolescents: I. Diagnosis, natural history, and nonsurgi- cal management. Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons. 2006; 14(7):417-424. 5. Kurd, Mark F., et al. Nonoperative treatment of symptomatic spondylolysis. Clinical Spine Surgery. 2007; 20(8):560-564. Os autores declaram não haver conflitos de interesse ou económicos. Restante Bibliografia em: www.revdesportiva.pt (A Revista Online) Conclusão Revista de Medicina Desportiva informa setembro 2018 · 19