Revista de Medicina Desportiva Informa Novembro 2016 | Page 32

Notícias O Dr. Henrique Jones foi eleito Presidente da Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva durante a Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 28 de Outubro de 2016, pelas 16 horas, no Centro de Congressos Alfândega, Porto. Terá agora um mandato de dois anos, durante o qual procurará dinamizar grupos de trabalho sobre: • Divulgação científica, treino de técnicas cirúrgicas (cadáver Lab) e formação (fellowships) • Estudo e referenciação nacional sobre várias patologias relacionadas com técnicas artroscópicas e traumatologia desportiva • Relações internacionais, divulgação (espaço/revista) e animação desportiva. O Dr. Alcindo Silva é o primeiro vice-Presidente e será certamente o próximo candidato a Presidente da SPAT em 2018. Foto: a passagem do testemunho. A Capa da revista Time de setembro realça o tema exercício e a saúde. O título não deixa dúvidas: “O exercício cura”, referindo-se ainda que “mesmo pequenas quantidades de atividade física desencadeiam dúzias de alterações benéficas no corpo”. Contudo, apesar desta simples constatação, o autor refere que apenas 20% dos americanos obtêm 30 Novembro 2016 www.revdesportiva.pt os 150 minutos semanais de treino cardiovascular e de força e que mais de 80.2 milhões de americanos de idade superior a 6 anos são totalmente inativos. Um drama, sem dúvida. Para aumentar motivação para esta prática, apresenta os “7 benefícios surpreendentes do exercício”: é bom para o cérebro, torna as pessoas mais felizes, poderá envelhecer mais lentamente, torna a pele com melhor aspeto, poderá ajudar a recuperar de uma grande doença, as células adiposas encolhem e grandes benefícios podem ocorrer com pouco tempo de exercício. Fica o recado dado por esta revista com tiragem de três milhões de exemplares. http://time.com/4474874/exercise-fitness-workouts/. Consulta em 01/09/2016 Foto Gjon Mili – The LIFE Picture Collection/Getty Images Os Drs. Rui Sales Marques e Miguel Costa organizaram este evento, o terceiro, com um programa centrado no atleta idoso, depois de em 2015 o tema ter sido o atleta jovem. Integrados no Grupo de Fisiatria de Intervenção (GFI) e do Grupo HPA Saúde, os responsáveis tiveram como objetivo a promoção e desenvolvimento da Medicina Desportiva (MD) na Região do Algarve e, a partir do Algarve, contribuir de forma abrangente para a promoção da especialidade. Vários especialistas locais, e de todo o país, apresentaram e discutiram temas atuais inerentes ao fenómeno do envelhecimento e à prática desportiva. Além da sessão teórica de elevado nível científico, o evento incluiu ainda workshops dedicados ao ensino de componentes práticas, como a intervenção ecoguiada na dor e na MD, o treino de força na patologia do joelho e a nutrição Desportiva entre outros. Os seus responsáveis, que felicitamos, “esperam no futuro poder contar com a magnífica adesão dos colegas da área da saúde que se deslocam de todo o país, Serão sempre muito bem recebidos no Algarve". O que leva um jogador de futebol profissional no ativo, com uma carreira bonita e ainda com muitos anos a dar ao futebol, a criar um sítio na internet, onde denuncia um problema grave para uma boa parte dos atletas que se retira(ra)m do seu desporto? É um sítio pessoal que inclui as suas memórias desportivas e algumas reflexões, mas na essência é um modo de chamar à atenção do atleta para um potencial problema que atingirá muitos dos que ainda estão no ativo. Quem o conhece sabe da sua generosidade, praticada na preocupação e ação com os atletas, os mais novos e os outros, de futebol ou não. E chama atenção dos mais novos, referindo que “o sonho do futebol, ainda que idílico para muitos, fica muitas vezes aquém do que se pensa ou deseja”, pois as “lesões graves, doenças inesperadas, problemas de gestão financeira, maus investimentos, fraudes, falta de pensamento pós-futebol, más opções de vida…” destroem o sonho. A sua preocupação com o futuro dos jogadores é enorme, pois descobriu que “3 em 5 jogadores da Premier League declaram falência num máximo de 5 anos depois de se retirarem”, que 60% dos jogadores da NBA ficam falidos em 5 anos e que cerca de 80% dos jogadores da NFL americana que se retiraram ficam falidos nos primeiros 3 anos. Esta é a mensagem que cria uma missão. A osteoporose é uma doença sistémica, progressiva, que resulta em muitos casos em fraturas, de consequências sociais e familiares muito preocupantes. Dizem os especialistas que, com o aumento da longevidade, se aproxima um tsunami de