Revista de Medicina Desportiva Informa Julho 2018 | Page 18

mobilidade a longo prazo, sem van- tagem clara em comparação com as artrodeses 30-32 . As próteses discais de última geração procuram recriar a anato- mia do disco intervertebral, sendo constituídas por um anel fibroso e núcleo pulposo artificiais (Figura 2) 33 . Esta recriação anatómica tem como objetivo restaurar a biomecânica e a mobilidade fisiológica do disco intervertebral nativo, evitando assim as alterações degenerativas que ocorrem em níveis adjacentes após uma artrodese intersomática 33 . A sua aplicação implica habitualmente uma via de abordagem anterior, podendo atualmente ser efetuada de forma minimamente invasiva. Após a identificação dos corpos vertebrais, é efetuada a sua distração e a discecto- mia total. Segue-se a cruentação dos pratos vertebrais e, após adequada medição das dimensões do implante, são criados nos pratos vertebrais os entalhes correspondentes àqueles que existem na prótese com recurso a instrumental próprio. O implante é aplicado em distração e, após confir- mação do seu posicionamento correto com recurso a intensificador de ima- gem, é removida a distração de modo a obter compressão. Os entalhes e o revestimento poroso da prótese pro- curam promover a sua estabilidade e osteointegração (Figura 2). Artroplastia discal em desportistas Os benefícios do exercício físico para a saúde estão claramente Figura 1 – Diferença de mobilidade entre a artroplastia discal (linha verde) e a artrodese (linha amarela) de dois níveis na coluna cervical 1 . 16 julho 2018 www.revdesportiva.pt demon