A COVID-19 e a ( perigosa ) Corrida Para a Elaboração de Testamentos
Rodrigo Reis Mazzei
Mestre ( PUC-SP ), Doutor ( FADISP ) e pós-doutoramento ( UFES ) Professor da UFES ( graduação e PPGDir ). Advogado e consultor jurídico . Sócio Fundador da Machado , Mazzei e Pinho Advogados
Em meio ao caos provocado pela pandemia da COVID-19 , é natural que ocorram reflexões pessoais sobre determinadas posturas adotadas no curso da vida , notadamente quanto estas podem ter desdobramentos futuros . O fato ensejou o aumento expressivo de consultas sobre a lavratura de testamentos , pois as pessoas , diante de um cenário concreto , que foge completamente do seu controle , perceberam que o assunto , por diversos motivos , não era tratado como relevante . Importante registrar que , a partir das consultas recebidas em nossa banca , percebemos que a reflexão aflora não por supor o cliente possa ele vir a ser vítima direta da COVID-19 , mas de que , como qualquer pessoa natural , se sujeita a situações que fogem do seu controle , e de que o ciclo de vida é temporário . Enfim , a idéia da ‘ finitude humana ’ parece ter despertado em grande número de pessoas a importância de se deliberar em vida sobre a sucessão causa mortis .
Assim , visando à elucidação das principais questões que sobressaíram das consultas , traçamos breves linhas sobre o assunto .
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