Revista Conviva Nº 75 revista_conviva_interativa_2019 | Página 18
Enturmação
A importância das dinâmicas
das turmas em relação à
convivência e à aprendizagem
O Colégio Catarinense, como
obra da Companhia de Jesus,
pauta a sua proposta pedagógica
no humanismo cristão. A sua
ação educativa visa à formação
integral de pessoas conscientes,
competentes, compassivas,
comprometidas e criativas,
valorizando a autonomia, a
cidadania e o protagonismo. A
partir disso, oportuniza-se o
desenvolvimento das dimensões
afetiva, espiritual, ética, estética,
cognitiva, comunicativa, corporal
e sociopolítica para um mundo em
constante transformação. (Projeto
Político-Pedagógico, 2019).
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Considerando o contexto do aluno, o
Colégio proporciona uma educação hu-
manista, com princípios inacianos volta-
dos à promoção da cultura do cuidado
pessoal, a cura personalis; respeitam-se as
diferenças e busca-se favorecer a apren-
dizagem de qualidade e o conhecimen-
to científico sistematizado, com valores e
compromissos com a justiça e o cuidado
com os demais.
Assim, o Colégio Catarinense procura
ter esse olhar cuidadoso e acolhedor com
os alunos, a fim de proporcionar-lhes a ex-
celência acadêmica, a partir da formação
em valores, do desenvolvimento socioemo-
cional e da construção de conhecimentos
e aprendizagens significativas. Compro-
metidos com os princípios da Pedagogia
Inaciana, todos os anos, o Colégio Cata-
rinense realiza, junto à equipe de orien-
tadores educacionais, a reflexão sobre ca-
da aluno, analisando de modo cuidadoso
o grupo social em que está inserido, pois
assim é possível acompanhar a evolução
de suas competências e habilidades indi-
viduais e em conjunto, aprimorando vín-
culos e proporcionando o conhecimento
de novos amigos e grupos, para então for-
talecer a convivência social.
Nesse contexto, a Orientação Educacio-
nal está sempre atenta às dinâmicas cons-
truídas pelas turmas em relação à con-
vivência e à aprendizagem. Movimentos
durante o intervalo de recreio, as formas
como as turmas se comportam durante as
atividades escolares, além de conversas re-
gulares com os demais profissionais e ges-
tores da escola são essenciais ao estabele-
cimento de critérios para a formação de
um espaço pautado na pluralidade, que
se traduz em maior desenvolvimento de-
mocrático e promissor e na distribuição
proporcional de alunos que demandam
ações pedagógicas específicas.
O equilíbrio dos centros de interesse e
de eventuais parcerias que desfavoreçam o
processo de socialização, ensino e apren-
dizagem contribui com o gerenciamento
do cotidiano da sala de aula, buscando
ampliar o potencial dos alunos. Evita-se,
ainda, a cristalização ou o engessamento
de papéis entre alunos, dando oportuni-
dade para que todos reconstruam uma no-
va identidade, ensaiando seus passos para