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A técnica se baseia em aplicar sob o tecido ou
amostra em estudo, o anticorpo contra o antígeno que
se deseja detectar. Posteriormente, este anticorpo es-
pecífico é utilizado como antígeno e marcado com um
segundo anticorpo inespecífico, o qual será ligado a um
sistema molecular que pode ser detectado por uma
técnica de coloração. Neste momento, o exame mi-
croscópico do corte histológico nos permite determi-
nar a presença ou ausência do antígeno que buscamos
e, em caso positivo, podemos ver em que lugar exato
do tecido ou de células ele se encontra alojado. A atividade enzimática depende de algumas
variáveis, como a concentração de enzima e substrato,
pH, concentração de sais, temperatura e luz. Muitas
enzimas possuem porções terminais não proteicas
denominadas grupos prostéticos, exemplo destes
podemos citar o grupo Fe-protoporfirina da peroxidase
e CO 2 transferase da biotina. Por fim, cabe mencionar
também que muitas enzimas exigem a presença de
metais ou certos íons para atuar (Mg e Zn).
Histórico da imunohistoquímica As aplicações da imunohistoquímica são incontáveis.
Qualquer antígeno é demonstrável sempre que se
dispõe do anticorpo correspondente, e hoje em dia
existe uma lista enorme de anticorpos. Os protocolos
de investigação incluem a busca de substâncias das mais
variadas e incalculáveis. Dessa forma, pode-se fazer
uma breve lista com as aplicações mais frequentes na
patologia de peixes.
A técnica de imunohistoquímica surgiu pela primei-
ra vez em um diagnóstico histopatológico por volta dos
anos 70, e logo sofreu uma enorme expansão a partir
da descoberta e aplicação dos anticorpos monoclonais,
os quais agregaram precisão e especificidade à meto-
dologia, sendo sintetizados centenas de anticorpos
desde então, muitos dos quais possuem grande utili-
dade no diagnóstico das enfermidades de organismos
aquáticos.
Os AcMc são obtidos a partir da produção de hi-
bridomas, cujas células sintetizam um tipo especial e
invariável de AcMc. Embora seja possível utilizar anti-
corpos policlonais, os AcMc fornecem um diagnóstico
de maior especificidade. A razão desta especificidade é
que o AcMc reconhece somente um epítopo (deter-
minante antigênico) semelhante ao da molécula que foi
utilizada para sua produção, o que significa dizer que
é gerado um hibridoma para produzir AcMc específi-
cos contra determinados epítopos de vírus, bactérias
e parasitos.
A pergunta chave: Para que serve a imu-
nohistoquímica?
Expressão de proteínas normais
O estudo da expressão fenotípica de proteínas
normais é de utilidade em certas patologias onde a
síntese de tais proteínas é modificada (Figuras 1, 2 e 3).
Figura 1. Germe dentário de peixe-rei com abundante expressão
de citoqueratina (seta). Aanti-citoqueratina 40 X
Como fazer uma análise imunohistoquí-
mica?
Para se realizar uma técnica de imunohistoquímica
é necessário:
• Um AcMc específico contra o epítopo que
desejamos detectar;
• Um segundo anticorpo relacionado ao AcMc;
• Enzimas;
• Substratos;
• Cromógenos.
As enzimas são catalisadores proteicos eficientes
e sensíveis. Somente uma molécula de determinada
enzima pode catalisar e, consequentemente,
transformar entre 10.000 e 100.00 moléculas
de substrato por minuto. As enzimas podem ser
classificadas (muito superficialmente) em enzimas
hidrolíticas (esterase, protease), fosforilases, enzimas
oxidoredutoras (desidrogenases, oxidases, peroxidases,
enzimas de transferências, descarboxilases e outras).
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Figura 2. Túbulo renal marcado com anti-vimentina (seta). 40 X