atendam as necessidades básicas usando o princípio
da reciclagem e do consumismo, ou melhor, consumo
consciente. Presume-se que só a educação modifica o
comportamento das pessoas e que ela deveria ser
prioridade não apenas para o governo, mas para cada
cidadão desde o ambiente do seu lar.
A educação ambiental aponta para propostas
pedagógicas centradas na conscientização, mudança
de comportamento, desenvolvimento de competências,
capacidade
de
avaliação
e
participação.
Proporcionando o aumento de conhecimentos,
mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades,
condições básicas para estimular uma maior integração
e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente.
A relação entre meio ambiente e educação para a
cidadania assume um papel desafiador, os desafios
para os educadores ambientais são, de um lado, o
resgate e o desenvolvimento de valores e
comportamentos
(confiança,
respeito
mútuo,
responsabilidade, compromisso, solidariedade e
iniciativa) e de outro, o estímulo a uma vi são global e
crítica das questões ambientais e a promoção de um
enfoque interdisciplinar que resgate e construa
conhecimentos.
Surge então um novo perfil de consumidores que,
conscientes de seu papel na sociedade capitalista e
atuantes quanto a seus direitos e deveres, parece já
estar exercendo suas políticas. Conforme a especialista
em tendências, Faith Popcorn, o consumidor mudou,
está mais consciente de suas ações e de seus poderes
como cidadãos. “Os consumidores vigilantes estão por
toda parte, as sementes do descontentamento foram
plantadas em todos nós”.
Cada vez mais consumidores usam seu poder de
escolha para premiar ou punir empresas por suas
atitudes sociais e ambientais; estão, portanto
informados sobre os produtos que consomem. As três
dimensões que sustentam o conceito de
desenvolvimento sustentável (atividade econômica,
meio ambiente e bem-estar social) começam a ser
comunicados pela mídia, importante agente, que reflete
e afirma diretamente os novos comportamentos e
tendências de mercado. Sendo assim, a aceitação
desse novo mix de produtos sustentáveis depende
diretamente da mudança na cultura e no
comportamento dos consumidores que vem ocorrendo
gradativamente.
Outra perspectiva possível para a viabilidade
econômica da moda sustentável é o aproveitamento do
lixo como matéria prima de produtos baseados no
desenvolvimento sustentável.
Garrafas pets viram blusas. Películas de cinema
transformam-se em bolsas. Planta tradicional da
Amazônia torna-se tecido 1 00% ecológico. Um vestido
feito de sobra de plástico, um top de pet, uma saia de
retalhos. Em comum, peças que foram feitas com
material reciclado; coisas que, em principio, seriam
consideradas lixo.
A moda acusada sempre como grande agente
cultuador do consumismo, torna-se também espaço
para lançar novos conceitos: o “lixo” virar moda é a
prova concreta de que está na hora de ver o lixo, que é
produzido aos montes e sem muita consciência, com
outros olhos. As novas experiências em design de
Moda apresentam cada vez mais produtos inovadores
e “usáveis”, formando então um novo e promissor
mercado de moda que possivelmente movimentará a
economia verde.
Um exemplo da moda verde pode ser visto no projeto
de extensão Ecoalise-se: seja um consumidor
Repensar o lixo e difundir o
principio de preservação da
natureza é um trabalho que
vem sendo desenvolvidos por
vários estilistas.
MAIO 2018 - REVISTA AMOORENO - 37