Revista Amooreno Edição 04 - MAI/2018 | Page 37

atendam as necessidades básicas usando o princípio da reciclagem e do consumismo, ou melhor, consumo consciente. Presume-se que só a educação modifica o comportamento das pessoas e que ela deveria ser prioridade não apenas para o governo, mas para cada cidadão desde o ambiente do seu lar. A educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação. Proporcionando o aumento de conhecimentos, mudança de valores e aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular uma maior integração e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente. A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel desafiador, os desafios para os educadores ambientais são, de um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso, solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo a uma vi são global e crítica das questões ambientais e a promoção de um enfoque interdisciplinar que resgate e construa conhecimentos. Surge então um novo perfil de consumidores que, conscientes de seu papel na sociedade capitalista e atuantes quanto a seus direitos e deveres, parece já estar exercendo suas políticas. Conforme a especialista em tendências, Faith Popcorn, o consumidor mudou, está mais consciente de suas ações e de seus poderes como cidadãos. “Os consumidores vigilantes estão por toda parte, as sementes do descontentamento foram plantadas em todos nós”. Cada vez mais consumidores usam seu poder de escolha para premiar ou punir empresas por suas atitudes sociais e ambientais; estão, portanto informados sobre os produtos que consomem. As três dimensões que sustentam o conceito de desenvolvimento sustentável (atividade econômica, meio ambiente e bem-estar social) começam a ser comunicados pela mídia, importante agente, que reflete e afirma diretamente os novos comportamentos e tendências de mercado. Sendo assim, a aceitação desse novo mix de produtos sustentáveis depende diretamente da mudança na cultura e no comportamento dos consumidores que vem ocorrendo gradativamente. Outra perspectiva possível para a viabilidade econômica da moda sustentável é o aproveitamento do lixo como matéria prima de produtos baseados no desenvolvimento sustentável. Garrafas pets viram blusas. Películas de cinema transformam-se em bolsas. Planta tradicional da Amazônia torna-se tecido 1 00% ecológico. Um vestido feito de sobra de plástico, um top de pet, uma saia de retalhos. Em comum, peças que foram feitas com material reciclado; coisas que, em principio, seriam consideradas lixo. A moda acusada sempre como grande agente cultuador do consumismo, torna-se também espaço para lançar novos conceitos: o “lixo” virar moda é a prova concreta de que está na hora de ver o lixo, que é produzido aos montes e sem muita consciência, com outros olhos. As novas experiências em design de Moda apresentam cada vez mais produtos inovadores e “usáveis”, formando então um novo e promissor mercado de moda que possivelmente movimentará a economia verde. Um exemplo da moda verde pode ser visto no projeto de extensão Ecoalise-se: seja um consumidor Repensar o lixo e difundir o principio de preservação da natureza é um trabalho que vem sendo desenvolvidos por vários estilistas. MAIO 2018 - REVISTA AMOORENO - 37