com a apresentação foi colocar o tema em deba-
te e fazer com que o evento também ocorra em
Cachoeiro no futuro, quem sabe já em 2020”,
confirma Hermínio.
De acordo com o último censo divulgado pelo
IBGE (2010), 8% da população do Espírito Santo,
aproximadamente 320 mil pessoas, possui algu-
ma deficiência severa. A questão, fácil perceber,
é de extrema relevância. Trazer o Reconecta
para Cachoeiro permitirá não só chamar a aten-
ção de toda sociedade para o problema, como
também estimulará a adoção de ferramentas já
existentes, a exemplo do Cadastro Unificado de
Dados das Pessoas com Deficiência do Estado do
Espírito Santo (Cadef).
Lançado no final de 2018 pelo MPT-ES, o Cadef
busca facilitar o acesso dos capixabas com defi-
ciência ao mercado de trabalho. Como inexistem
estimativas atualizadas sobre o cenário regional,
o cadastro permitiria não somente saber quan-
tos trabalhadores portadores de necessidades
especiais aguardam efetivamente por uma vaga
de emprego, como facilitar o planejamento e a
implementação de políticas públicas, notada-
mente, nas áreas do trabalho, educação, saúde,
lazer, esporte e cultura, além de contribuir tan-
to para as pessoas com deficiência quanto para
as empresas que não conseguem preencher a
quota de trabalhadores exigida pela legislação
especializada.
A advogada Eliza Thomaz de Oliveira, conse-
lheira da 2ª Subseção da OAB-ES, destaca que
existem aproximadamente cinco mil vagas de
emprego oferecidas por empresas que precisam
cumprir a quota da lei 8.213/91.
“Destas, apenas três mil estão preenchidas. Ao
trazer o Reconecta para Cachoeiro pretendemos
promover o encontro entre estes deficientes e
potenciais empregadores, resolvendo, além de
um problema jurídico/trabalhista, também uma
questão social”, informa. Um objetivo louvável,
sem dúvida.
Dra. Eliza Thomaz de Oliveira
ADVOCACIA 13