Revista Advocacia Edição nº 02, ano I | Page 13

com a apresentação foi colocar o tema em deba- te e fazer com que o evento também ocorra em Cachoeiro no futuro, quem sabe já em 2020”, confirma Hermínio. De acordo com o último censo divulgado pelo IBGE (2010), 8% da população do Espírito Santo, aproximadamente 320 mil pessoas, possui algu- ma deficiência severa. A questão, fácil perceber, é de extrema relevância. Trazer o Reconecta para Cachoeiro permitirá não só chamar a aten- ção de toda sociedade para o problema, como também estimulará a adoção de ferramentas já existentes, a exemplo do Cadastro Unificado de Dados das Pessoas com Deficiência do Estado do Espírito Santo (Cadef). Lançado no final de 2018 pelo MPT-ES, o Cadef busca facilitar o acesso dos capixabas com defi- ciência ao mercado de trabalho. Como inexistem estimativas atualizadas sobre o cenário regional, o cadastro permitiria não somente saber quan- tos trabalhadores portadores de necessidades especiais aguardam efetivamente por uma vaga de emprego, como facilitar o planejamento e a implementação de políticas públicas, notada- mente, nas áreas do trabalho, educação, saúde, lazer, esporte e cultura, além de contribuir tan- to para as pessoas com deficiência quanto para as empresas que não conseguem preencher a quota de trabalhadores exigida pela legislação especializada. A advogada Eliza Thomaz de Oliveira, conse- lheira da 2ª Subseção da OAB-ES, destaca que existem aproximadamente cinco mil vagas de emprego oferecidas por empresas que precisam cumprir a quota da lei 8.213/91. “Destas, apenas três mil estão preenchidas. Ao trazer o Reconecta para Cachoeiro pretendemos promover o encontro entre estes deficientes e potenciais empregadores, resolvendo, além de um problema jurídico/trabalhista, também uma questão social”, informa. Um objetivo louvável, sem dúvida. Dra. Eliza Thomaz de Oliveira ADVOCACIA 13