O nascimento da Wizened Tree remonta a 2006, quando Artur tinha apenas 14 anos. Um projeto do Colégio Marista — rede de ensino católica presente em todo o mundo e também na Capital do Tocantins— o colocou ao lado de amigos com gostos musicais semelhantes para interpretar uma música. Artur Pery, Douglas Vilela, Felipe Martins, Túlio Moura e Luís Felipe — o autor deste texto — viraram logo depois a “Shadow Manollde”. A banda de colégio fez poucas apresentações, mas coligou os amigos.
Depois de uma temporada de Artur em São Paulo, o reencontro em Palmas aconteceu em 2015 e dele surgiu a Wizened Tree. Dos quatro colegas que fizeram a apresentação em 2006, dois tocam com Artur. Felipe Martins assumiu o baixo e, Douglas Vilela, a guitarra. Davi Pery, irmão que provocou o interesse pela música em Artur, foi para a bateria.
Cerrado que inspira
A vegetação rústica do Tocantins foi inspiração para o batismo da Wizened Tree: o cerrado. Para o grupo, Wizened remete a significados como “sofrimento”, “velho”, “seco”, “encarquilhado”, “contorcido”. É este nome que antecede o “Tree”, árvore em Português. O nome em inglês também vem por causa das composições da banda, todas na língua estrangeira. A escolha pelo idioma deve-se às influências dentro do rock que a Wizened Tree tem. Neste sentido, Artur Pery lista Pink Floyd, Led Zeppelin, The Doors, Black Sabbath, Nirvana e até a mais moderna Linkin Park. “Até por assimilação da sonoridade a gente acaba compondo em inglês por conforto”, justifica. Outro motivo menos modesto também influenciou a escolha: visibilidade internacional. Artur sonha alto com Wizened Tree.
Quanto ao conteúdo das composições da sua banda, Pery revela sem rodeios que a maioria delas falam de álcool e sexo. O vocalista não liga para críticas sobre a postura que foge do politicamente correto. “Na verdade isso é um desejo do ser humano, todas as pessoas têm. A gente fala muito sobre libertação, elevação da consciência. Se desprender dos conceitos da sociedade chata”, afirma.