Comunidade dos Oito - Moçambique
Q
uando se fala de Juventude, fala-se obrigatoriamente de educação, saúde e desenvolvimento. Moçambique aguarda projectos nestas áreas, inclusivamente para resolver alguns dos seus principais problemas. Organizações Internacionais como a UNESCO e a UNICEF compartilham a ambição de lutar contra um dos maiores flagelos da Juventude moçambicana: a SIDA. O papel das Organizações Internacionais:
Jovens de hoje Homens de amanhã
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a USAID (Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional) promove, desde Fevereiro deste ano um intercâmbio entre jovens brasileiros e moçambicanos com o fim de cultivar a cultura afro-brasileira com o objectivo final de disseminar informações sobre o vírus HIV/Sida. Trata-se do Projecto "Intercâmbio de jovens entre Brasil e Moçambique de arte-educação e educação preventiva para o HIV/Sida." O intercâmbio terá a duração prevista de 20 dias, com o objectivo de promover a difusão de práticas de arte-educação em resposta à epidemia de HIV/Sida entre os jovens. Esta é a primeira experiência de cooperação técnica entre dois escritórios da UNESCO: Brasília e Maputo (Moçambique). Face ao crescente aumento dos casos de HIV/Sida em Moçambique, a UNESCO tem feito todos os esforços no sentido de contribuir para minimizar os impactos sociais da epidemia naquele país. Hoje a taxa de prevalência é de 16% na população geral, sendo os jovens e as mulheres os mais afectados. Para desenvolver as acções do intercâmbio estão previstos plenários de discussões de todo o género. Assuntos como Sida, o Estatuto da Criança e do Adolescente, Cidadania, Direitos Humanos entre outros, terão destaque durante estas sessões de intercâmbio cultural. As crianças e os jovens devem ter um papel decisivo no desenvolvimento de todas as nações. Como tal, no Relatório sobre “A Situação Mundial da Infância 2003”, a UNICEF enfatiza a participação dos jovens nas suas sociedades. “É encorajador verificar que em Moçambique as crianças sejam consideradas flores que nunca murcham”, tanto pelos líderes políticos como representantes da sociedade civil, disse Marie-Pierre Poirier, Representante da UNICEF em Moçambique. “Devemos dar oportunidades às crianças e jovens para serem ouvidos e a participar na luta contra a pobreza absoluta e contra o HIV/SIDA no País.” A participação das Crianças e Jovens Moçambicanos é um processo fundamental e prioritário que também se inscreve no Programa de Cooperação entre o Governo da República de Moçambique e a UNICEF, previsto entre 2002-2006. Este Programa procura promover e facilitar a participação das crianças, jovens e mulheres nas
n UNESCO
n UNICEF
actividades a partir das suas famílias e comunidades. Exemplos específicos incluem a Campanha “Diga Sim pela Criança” e o Parlamento Infantil, ambos realizados em 2001, a educação de pares e o apoio na prevenção do HIV/SIDA, as abordagens de Criança-paraCriança e outros canais para a promoção dos direitos das crianças. Projectos apoiados pelo UNICEF e onde as crianças e jovens são chamados a participar directamente incluem iniciativas em curso em colaboração com Ministérios da Juventude e Desportos, da Educação e outras entidades, como por exemplo: 1.Meu Futuro é a Minha Escolha (MFME) O Programa Meu Futuro é a Minha Escolha (MFME), em parceria com o Ministério da Juventude e Desportos, está a ser implementado em Sofala, Manica e Zambézia. Nestas províncias, a taxa de prevalência do HIV/Sida é 18,7%, 18,8% and 15,4% respectivamente contra os 13% da taxa nacional entre pessoas da faixa etária dos 1549 anos. A taxa nacional de prevalência entre os jovens de 15-24 anos é de 10%, enquanto que a taxa das províncias de Sofala, Manica e Zambézia é de 12,6%. A UNICEF advoga que providenciar os jovens com informação sobre como se protegerem a si e aos outros é essencial, mas que não é suficiente. Além disso, deve dar-se-lhes habilidades para a vida que incluam capacidade para negociação, comunicação, tomada de decisão, solução de problemas e resolução de conflitos, pensamento criativo, auto-confiança, empatia e mecanismos de enfrentar e fazer face ao stress. O núcleo deste programa são os educadores de pares - as raparigas e os rapazes próprios, que actuam como agentes da mudança nas suas comunidades e como exemplos para outros. A este respeito, o programa vai além dos aspectos de prevenção do HIV/Sida - e serve como modelo para a aquisição de poder (empowerment) pela Juventude, de modo mais geral. 2.Serviços de Saúde Amigos dos Jovens (SSAJ) Em parceria com autoridades do Ministério da Saúde e ONGs (Organizações Não-Governamentais), a UNICEF estabeleceu, em todo o País, 14 Centros com Serviços de Saúde Amigos dos Jovens (SSAJ). Estes centros utilizam a estratégia de Jovem-para-Jovem para atrair outros jovens a beneficiarem dos serviços. Estes funcionam em centros de saúde, onde pessoal foi seleccionado e treinado para servirem nas clínicas dos jovens. Os educadores dos pares são a pedra angular na ligação entre os pacientes e pessoal médico. Os SSAJ recebem apoio a fim de assegurarem intervenções que habilitem os jovens para a vida. O aconselhamento individual é prestado por adultos e jovens que também organizam actividades em grupo tais como a apresentação de vídeo, debates, ?????????????????????????????????????????????????????????????????????????A????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????()I???????()I???I???((0