agronegócio para Rússia, China, Índia, Japão e
outros países da Ásia. Podem ser também grandes
exportadores para o Oriente Médio, a África e a
América do Norte. E podem aumentar a pauta com
produtos industriais. O meu objetivo também é quebrar as barreiras filosóficas entre os países. Temos de
mostrar que a língua não é problema entre os dois
países e que a única diferença cultural é que abacate
no Brasil é sobremesa e nos países vizinhos é salada.
COMO ATRAIR MAIS INVESTIMENTOS
mento do mercado da América do Sul, nos próximos
anos, em função da adesão de outros países da região
sul-americana, interessados em se beneficiar da estrutura empresarial mais madura das duas nações.
-O Paraguai, o Uruguai e a Bolívia ainda não
têm uma grande produção para aumentar a oferta
de produtos no mercado comum. Eles não descobriram ainda que podem vender muito mais no Brasil,
Argentina e Venezuela e que também que podem
comprar mais. Temos de melhorar a infraestrutura
de transporte entre os países do Mercosul e reduzir
as barreiras para os produtos da região – comentou.
Para Fernando, os países da América do Sul precisam entender que devem aproveitar o potencial
dos mercados vizinhos e evitar a briga com as nações ricas por causa de política ou de soberba. Ele
observa que existia um sentimento de ciúme entre
brasileiros e argentinos há algumas décadas e que
esses conceitos foram superados porque prevaleceu
a consciência de que os países juntos formam um
grande mercado e um grande polo exportador.
“O meu principal objetivo na Câmara é quebrar
as barreiras que afastam os dois países e mostrar o
grande potencial que existe na união das duas economias para conquistar outros mercados. Os dois
países são grandes exportadores de produtos do
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Fernando diz também que os países da América do Sul podem atrair mais empresas da Europa e
dos Estados Unidos para produzirem aqui visando a
exportação, como fazem as nações da Ásia. Ele observa que a China tem mão de obra barata e um sistema trabalhista mais flexível do que o das nações da
América do Sul. Para ele, as nações da região mais
ricas da Europa e da América do Norte podem realizar mais investimentos visando aumentar a produção para a exportação, principalmente os países que
têm mercados pequenos para produtos industriais e
um bom conhecimento técnico.
“Na América do Sul, graças ao Mercosul, temos
uma grande facilidade de passar como pessoa física
de um país para o outro. Basta apresentar a carteira
de identidade. Não precisa passaporte ou visto. Mas
a transferência de produtos é mais complicada e tem
muitas barreiras que precisam ser removidas para
se aumentar muito o volume de negócios entre os
países. É preciso melhorar a infraestrutura de transporte, fazendo uma melhor integração de rodovias,
ferrovias, hidrovias e aéreas entre os países, para baixar o custo do frete e ficar mais fácil a circulação de
mercadorias entre as fábricas. Hoje, na Europa, os
países estão todos integrados do ponto de vista dos
transportes e o Mercado Comum é um sucesso. O
Mercosul precisa disso para se consolidar e provocar
uma explosão de negócios entre os países”, observou.