Quem é Quem Brasil - Argentina | Page 11

mais lenta ou tenha um crescimento mais moderado por causa do cenário político. Muita gente em período de transição, costuma dar uma parada com relação a tomar decisões de comprar e vender. Isso paralisa a economia momentaneamente. São ciclos de alta e de baixa. A economia absorve estas oscilações. O momento passa. Se retoma a velocidade dos negócios porque ninguém pode perder eternamente a oportunidade fazer um bom negócio”, comentou. Fernando Sotomayor disse ainda que o Brasil e a Argentina são duas grandes potencias no setor de agronegócios e no setor industrial de uma forma geral e podem crescer muito mais no comércio internacional nos próximos anos porque os países ricos já estão voltando a crescer e a comprar mais e abrindo os seus mercados. Ele observa que houve uma ligeira retração no comércio internacional por causa da crise financeira que começou nos Estados Unidos e se alastrou pela a Europa e outros continentes nos últimos anos, mas as economias dos países ricos começam a superar a fase de contração. “Os brasileiros e os argentinos souberam crescer e expandir as exportações em direção aos países que formam os Brics, como China, Índia e Rússia e tendem a voltar a ser grandes exportadores de produtos agropecuários e minérios para a Europa e os Estados Unidos. Além da grande capacidade de produção os dois países têm também um bom padrão de controle de qualidade para os produtos que exportam. No comércio internacional, você precisa ter uma produção boa e regular, preços competitivos e controle de qualidade do que vende. Esse é um diferencial importante que os dois países têm em relação a outras nações competidoras na área de manufaturados. A barreira da qualidade é importante. O café do Brasil, o trigo argentino, os veículos, os motores e máquinas são produzidos com qualidade e dentro dos padrões exigidos tecnicamente pelo comércio internacional, nos dois Países. Os dois países são respeitados no mundo dos negócios do mundo porque têm bons padrões de controle de qualidade e de fabricação. Isso é diferencial. Alguns mercados não compram só por baixo preço. O nível de qualidade influencia muito e os dois países se destacam neste item na América Latina”, comentou. Fernando Sotomayor disse ainda que alguns produtos da Ásia têm preços muito bons e são competitivos mas têm problemas de controle de qualidade no mercado. É por isso, que o Brasil e a Argentina são bons exportadores de sapatos, roupas e vestuários de uma forma geral. -Um tênis da Nike fabricado na China ou em outro país da Ásia tem a seu favor o baixo preço e a qualidade, porque os industriais americanos levaram para Ásia os seus padrões de controle de qualidade dos produtos. Qualquer pessoa compra um tênis da Nike made in China com tranquilidade porque sabe que está adquirindo um produto com as especificações de qualidade da indústria dos Estados Unidos, apesar do baixo preço. Isto não acontece com outros produtos como óculos, perfumes, roupas e máquinas produzidas na Ásia e com marca internacional sem tradição e um grupo industrial por trás. Esta vantagem o Brasil e a Argentina têm. Os seus produtos são de boa qualidade e os importadores de outros mercados sabem que os dois países têm