mais lenta ou tenha um crescimento mais moderado por causa do cenário político. Muita gente em
período de transição, costuma dar uma parada com
relação a tomar decisões de comprar e vender. Isso
paralisa a economia momentaneamente. São ciclos
de alta e de baixa. A economia absorve estas oscilações. O momento passa. Se retoma a velocidade dos
negócios porque ninguém pode perder eternamente
a oportunidade fazer um bom negócio”, comentou.
Fernando Sotomayor disse ainda que o Brasil e
a Argentina são duas grandes potencias no setor de
agronegócios e no setor industrial de uma forma geral e podem crescer muito mais no comércio internacional nos próximos anos porque os países ricos
já estão voltando a crescer e a comprar mais e abrindo os seus mercados. Ele observa que houve uma
ligeira retração no comércio internacional por causa
da crise financeira que começou nos Estados Unidos e se alastrou pela a Europa e outros continentes
nos últimos anos, mas as economias dos países ricos
começam a superar a fase de contração.
“Os brasileiros e os argentinos souberam crescer e expandir as exportações em direção aos países
que formam os Brics, como China, Índia e Rússia e
tendem a voltar a ser grandes exportadores de produtos agropecuários e minérios para a Europa e
os Estados Unidos. Além da grande capacidade de
produção os dois países têm também um bom padrão de controle de qualidade para os produtos que
exportam. No comércio internacional, você precisa
ter uma produção boa e regular, preços competitivos e controle de qualidade do que vende. Esse é um
diferencial importante que os dois países têm em relação a outras nações competidoras na área de manufaturados. A barreira da qualidade é importante.
O café do Brasil, o trigo argentino, os veículos, os
motores e máquinas são produzidos com qualidade
e dentro dos padrões exigidos tecnicamente pelo comércio internacional, nos dois Países. Os dois países
são respeitados no mundo dos negócios do mundo
porque têm bons padrões de controle de qualidade
e de fabricação. Isso é diferencial. Alguns mercados
não compram só por baixo preço. O nível de qualidade influencia muito e os dois países se destacam
neste item na América Latina”, comentou.
Fernando Sotomayor disse ainda que alguns
produtos da Ásia têm preços muito bons e são competitivos mas têm problemas de controle de qualidade no mercado. É por isso, que o Brasil e a Argentina
são bons exportadores de sapatos, roupas e vestuários de uma forma geral.
-Um tênis da Nike fabricado na China ou em
outro país da Ásia tem a seu favor o baixo preço e
a qualidade, porque os industriais americanos levaram para Ásia os seus padrões de controle de qualidade dos produtos. Qualquer pessoa compra um
tênis da Nike made in China com tranquilidade
porque sabe que está adquirindo um produto com
as especificações de qualidade da indústria dos Estados Unidos, apesar do baixo preço. Isto não acontece com outros produtos como óculos, perfumes,
roupas e máquinas produzidas na Ásia e com marca
internacional sem tradição e um grupo industrial
por trás. Esta vantagem o Brasil e a Argentina têm.
Os seus produtos são de boa qualidade e os importadores de outros mercados sabem que os dois países têm