PRESIDENTE DA CÂMARA PREVÊ QUE
O COMÉRCIO ENTRE O BRASIL E A
ARGENTINA VOLTARÁ A CRESCER EM 2015
O
presidente da Câmara de Comércio
Brasil/Argentina, Manuel Fernando
Loaiza Sotomayor, diz que o comércio
entre os dois países vai continuar crescendo em 2015
e nos próximos anos porque as duas economias se
complementam e estão preparadas para evoluírem
juntas dentro de um mesmo bloco e com um papel
importante no mercado internacional.
Manuel Fernando, que é também presidente dos
Laboratório Bago, no Brasil,
atribui a queda do comércio em 2014 às influências
do período de crescimento
mais lento na economia brasileira em ano de eleições, e
a crise financeira momentânea da Argentina. Para ele
são coisas circunstanciais
em um ano de grande queda
nos preços das commodities
e de crescimento mais moderado na Ásia e na Europa.
“Os planos de expansão
do comércio entre os dois
países fazem parte um projeto político e econômico de
longo prazo, sujeito a variações no percurso de algumas décadas”, comentou.
A Argentina é o terceiro parceiro do Brasil, depois da China e dos Estados Unidos, e continuará
nesta trajetória ascendente por muitos anos e aumentando a sua importância no comércio mundial,
pelas suas previsões.
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Fernando é presidente da indústria Laboratórios
Bago do Brasil, uma fábrica de medicamentos que
já tem uma unidade funcionado no Rio de Janeiro
e acaba de inaugurar uma nova fábrica no Espírito
Santo, na cidade de Colatina, com investimentos de
R$ 79 milhões. Pelas suas previsões, os investimentos
argentinos no Brasil e de empresas brasileiras na Argentina continuarão crescendo junto com o comércio, nos próximos anos porque esses projetos são de
longo prazo e os momentos
de dificuldades são eventuais, esperados e previsíveis.
“O comercio entre os
dois países está muito consolidado. Os projetos de
investimentos entre empresas dos dois países também
estão crescendo porque os
dois países juntos formam
um grande mercado na
América Latina. Além disso, as duas economias têm
uma grande capacidade de
consumo e de produção de
produtos de boa qualidade.
São consumidores exigentes
com qualidade e com renda
alta. Como tudo na vida, existem momentos bons
e momentos difíceis. O Brasil, por exemplo, passou
em 2014 por um período eleitoral que afetou a economia. Foi um período eleitoral de muita competição e intensos debates, como é próprio em toda democracia. É natural, portanto, que a economia fique