5 aTUAmente /Junho, 2015
Além disso, os profissionais de saúde mental também tem em seu alcance o protocolo de Primeiros Socorros Psicológicos (PSP), que são intervenções propostas pelo National Center for PTSD. Possuem como objetivo a padronização do atendimento às vítimas de desastres, tendo base em evidências sobre reações agudas ao estresse. Os PSP tem como meta a redução do estresse inicial causado pelos eventos potencialmente traumáticos e engajam as pessoas em estratégias de enfrentamento de curto e longo prazo.
Não menos importante que o atendimento das vítimas de um desastre, é a sua prevenção. Pois, toda comunidade tem a sua própria análise de risco, isso se deve as suas características de localização geográfica, geológica e a seu processo de desenvolvimento. Identificar a potencial ocorrência de um evento adverso que pode provocar danos na saúde mental e física das pessoas ou em seu meio, são obrigações da Defesa Civil do município. Assim, com conhecimento da realidade, o poder público tem subsídios para elaboração de políticas públicas que possam diminuir os danos e o sofrimento humano. É importante, também, que se elabore um “plano de eventualidades” em que cada setor do serviço público tenha responsabilidades pré-estabelecidas, e que nele se inclua o trabalho do psicólogo.
Assim, o ofício psicológico, além de ser responsável pela sensibilização e capacitação das autoridades do governo, ONGs, organizações sociais, e educacionais nos assuntos de saúde mental, intervenção em crises, estresse e controle do luto. Também, se refere a elaborações de técnicas de atendimento, de referência e contrarreferência em saúde mental para os afetados e para os profissionais de resgate de emergências e desastres.
Para elaborar um pouco mais o papel da psicologia de emergências, o psicólogo e Coordenador da Saúde Mental de Palhoça, Neomar N. B. Cezar Júnior, concordou em nos conceder uma entrevista:
Memorial em homenagem às vítimas do incêndio da boate KISS, 2013.