Projeto Cápsula Sons da fala | Octavia E. Butler | Page 28
Rye saiu do carro enquanto Obsidian corria atrás
do casal. Ele tinha sacado a arma. Com medo, ela
sacou a própria arma e desativou a trava de segu-
rança. Olhou ao redor para ver se alguém mais fora
atraído para a cena. Viu o homem lançar um olhar
para Obsidian e, então, lançar-se de repente sobre a
mulher. Ela acertou o rosto do homem com o vidro,
mas ele prendeu o braço dela e conseguiu apunhalá-
-la duas vezes antes que Obsidian atirasse nele.
O homem se dobrou, depois caiu, agarrando o ab-
dome. Obsidian gritou e então fez um gesto para que
Rye fosse ajudar a mulher.
Rye ficou ao lado da mulher, lembrando que tinha
pouco mais do que bandagens e antisséptico em sua
mochila. Mas a mulher não podia ser ajudada. Fora
apunhalada com uma faca de desossa, longa e fina.
Ela tocou Obsidian para que ele soubesse que a
mulher estava morta. Ele se curvara para exami-
nar o homem ferido, que estava deitado, imóvel, e
também parecia morto. Mas quando Obsidian vi-
rou o rosto para ver o que Rye queria, o homem
abriu os olhos. Com o rosto contorcido, ele tomou
o revólver que Obsidian acabara de colocar no col-
dre e atirou. O tiro atingiu Obsidian na têmpora e
ele desabou.
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