Projeto Cápsula Sons da fala | Octavia E. Butler | Page 25
ça fora mais dura com os homens do que com as
mulheres, tinha matado mais homens, tinha dei-
xado os homens sobreviventes mais gravemente
debilitados. Homens como Obsidian eram raros.
As mulheres se conformavam com pouco ou fica-
vam sozinhas. Se encontrassem um Obsidian, fa-
ziam de tudo para ficar com ele. Rye desconfiou
que ele tinha alguém mais nova e mais bonita.
Ele a tocou enquanto ela ajustava sua arma no
corpo e perguntou, com uma complicada sequência
de gestos, se estava carregada.
Ela assentiu, com expressão hostil.
Ele deu um tapinha no braço dela.
Ela perguntou mais uma vez se ele viria com ela,
dessa vez usando uma sequência diferente de gestos.
Ele pareceu hesitante. Talvez pudesse ser cortejado.
Ele saiu e foi para o banco da frente sem responder.
Ela tomou seu lugar na frente outra vez, observan-
do-o. Agora, ele puxava o uniforme e olhava para ela.
Ela achou que estava sendo questionada sobre al-
guma coisa, mas não sabia o que era.
Ele tirou o distintivo, tocou nele com um dedo, e
depois tocou no próprio peito. Óbvio.
Ela pegou o distintivo da mão dele e prendeu
nele seu broche de haste de trigo. Se brincar de polí-
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