— Ehiru — respondeu . Pensou em dizer ao homem seu nome de alma , mas decidiu que não o faria . Os nomes de alma não significavam nada para os pagãos . Mas , para sua surpresa , o bromarteano arregalou os olhos , como se reconhecesse .
— Gualoh — falou o sujeito de Bromarte e , através do filtro do sonho que os dois compartilhavam , Ehiru teve um vislumbre do significado . Alguma espécie de criatura assustadora das histórias ao redor das fogueiras ? Ele ignorou aquilo : não passava de superstição bárbara .
— Um servo da Deusa dos Sonhos — corrigiu Ehiru , agachando-se diante do homem . Mãos puxavam nervosamente a pele , a saia e as duas tranças que lhe pendiam da nuca , reagindo ao medo que o bromarteano sentia dele . Ele não lhes deu atenção . — Você foi escolhido para Ela . Venha , e vou levá-lo a um lugar melhor do que este , onde possa viver a eternidade em paz . — Ehiru estendeu a mão . O homem de Bromarte saltou sobre ele . O movimento foi tão inesperado que o sacerdote quase não reagiu a tempo … mas nenhuma pessoa comum poderia sobrepujar um Coletor no sonho . Com um lampejo de vontade , Ehiru dissipou o poço de mãos e o substituiu por um deserto de dunas var-
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