os olhos da alma . Um reflexo sem importância do reino desperto . Só uma coisa tinha sentido no lugar entre a vigília e o sonho : o delicado e reluzente cordão vermelho que saía de alguma parte próxima às clavículas do sujeito de Bromarte e se perdia no vazio . Aquele fora o caminho que a alma do homem tomara na travessia a Ina-Karekh , a terra dos sonhos . Era simples para Ehiru seguir o mesmo caminho para fora e depois para dentro outra vez .
Quando tornou a abrir os olhos , cores e uma vasta estranheza o cercaram , pois ele estava em Ina-Karekh , a terra dos sonhos . E aqui o sonho do homem de Bromarte se revelou . Charleron de Wenkinsclan , o nome surgiu na consciência de Ehiru , que absorveu a estranheza e o máximo que pôde da pessoa que o possuía . Não um nome de alma , mas era de se esperar . Os pais de Bromarte davam nomes aos filhos com base nas esperanças e necessidades do mundo da vigília , não na proteção durante o sono . Na opinião do povo desse Charleron , o nome dele era ambicioso . Um nome sedento . E sede era o que preenchia a alma do sujeito de Bromarte : sede de riqueza , de respeito , de coisas que ele próprio não saberia nomear . Refletidas nas paisagens oníricas de Ina-Karekh , essas sedes haviam se fundido em um grande poço na terra , com
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