ressoaram pela brisa , ele esgueirou-se por entre as cortinas para dentro do cômodo .
O quarto : um escritório de elegância desgastada . Os olhos do sacerdote distinguiram cadeiras refinadas revestidas de tecidos desfiados e móveis de madeira opacos por falta de polimento . Ao aproximar-se da cama , teve o cuidado de não sombrear o rosto da pessoa que dormia ali — mas os olhos do idoso se abriram mesmo assim , piscando sonolentos sob a luz tênue .
— Como eu imaginava — disse o ancião , cujo nome era Yeyezu , a voz rouca rangendo contra o silêncio . — Qual deles é você ?
— Ehiru — respondeu o sacerdote , a voz tão suave e profunda quanto as sombras do dormitório . — Chamado Nsha , nos sonhos . O homem arregalou os olhos , surpreso e satisfeito . — Então este é o nome da alma da rosa . A quem devo a honra ?
Ehiru soltou o ar lentamente . Era sempre mais difícil trazer paz ao portador do dízimo quando ele estava desperto e assustado , por isso a lei mandava que os Coletores entrassem nas casas de maneira furtiva . Mas Yeyezu não estava com medo . Ehiru percebeu de imediato , então decidiu responder à pergunta do ancião , embora preferisse fazer seu trabalho em silêncio .
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