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ca que as mulheres estejam igualmente presentes em todos os
níveis da sociedade, sem que o curso regular das atividades
profissionais e de renda seja transformado. Esse aspecto da
justiça social obriga, ainda, que levemos em consideração o
que chamamos de “diversidade” étnica e cultural, a fim de que
seja representada em todos os níveis da sociedade.
Essas duas concepções de justiça social são excelentes:
há inumeráveis razões para que desejemos viver em uma sociedade que seja, ao mesmo tempo, relativamente igualitária e relativamente meritocrática. Ficamos igualmente escandalizados
com as desigualdades de renda, que separam os mais pobres
e aqueles que ganham, por ano, muitas dezenas de SMIC2 e
com as discriminações de que padecem as minorias, as mulheres e diversos outros grupos segregados, que não podem ter a
esperança de mudar de posição social porque são destinados
a esses “lugares”. À primeira vista, parece haver ainda menos
escolha entre o modelo de status e aquele de oportunidades
porque sabemos bem, de acordo com Rawls e todos os que o
precederam, que uma sociedade democrática verdadeiramente justa deve combinar a igualdade fundamental de todos os
seus membros e as “justas desigualdades” oriundas de uma
competição meritocrática equitativa. Essa alquimia está no
coração de uma filosofia democrática e liberal, que oferece a
cada um o direito de levar a vida como bem entende, de acordo com a lei e de contratos comuns.
Apesar disso, o fato de desejarmos, ao mesmo tempo, a
igualdade de status e a igualdade de oportunidades não nos
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SMIC é a sigla, na França, de Salário Mínimo Interprofissional de Crescimento, reajustado todos os anos, em 1º de julho. Desde 1º de janeiro de
2011, o valor bruto do SMIC é de 9 euros por hora. Em uma jornada de 35
horas por semana, equivale ao valor bruto de 1.365 euros mensais. [N.d.T.]

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