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a unidade, desejo de deus
culturais do encontro com os muçulmanos (cf. Borrmans, 2004
pp. 111-112). As “Jornadas Romanas” foram interrompidas depois
de 1999, em parte por questões financeiras. Era preciso custear a
viagem e a estada das pessoas que não pertenciam a congregações
e, também, resolver os problemas de obtenção de visto.
— O senhor tinha responsabilidades fora do Pisai?
Por tradição, cabia ao diretor do Pisai ser consultor no
Secretariado para os Não-Cristãos3, função que assumi, desde
1973, e desempenhei por dez anos. Eu já tinha uma experiência de
diálogo formal entre cristãos e muçulmanos, graças aos colóquios
dos quais participara. O primeiro desse tipo, organizado pelo
Conselho Mundial de Igrejas, que tinha o costume de convidar
os católicos para esses encontros, realizou-se, em 1972, numa
cidadezinha da serra libanesa, Broummana. Eu não estava muito
convencido do valor desses encontros. Abordavam-se muitos
assuntos sem os aprofundar.
Seja como for, esse encontro não ficou como um acontecimento isolado. Graças aos filipinos, cristãos e muçulmanos
que reencontrei em Manila, soube que as conferências regionais
que se seguiram à de Borummana, sempre organizadas pelo
cmi, especialmente na Ásia e na África ocidental, tinhamse desenrolado em condições satisfatórias. De minha parte,
participei de outros colóquios organizados pelo cmi, particularmente o que se realizou em Chambésy, na Suíça, em 1976,
sobre o tema: Missão e da’wa (apelo). Tomei parte também,
no mesmo ano, no seminário de diálogo de Trípoli, na Líbia,
organizado pelo Secretariado para os Não-Cristãos (snc) e do
qual deveremos voltar a falar. Na qualidade de consultor, fui
3
Antiga denominação do atual Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso. [N.d.E.]