ATUALIDADE
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Autárquicas 2017: o último dia de campanha depois de meses de política em primeiro plano
Carolina Gaspar
Uns apelam ao voto a cada respiração, outros preferem comentar a paisagem em vez das sondagens, outros contam com a simpatia para obter votos. No entanto, todos os candidatos autárquicos e representantes partidários se mostram confiantes num bom resultado eleitoral no dia 1 de outubro.
Na passada sexta-feira, dia 29 de setembro, os políticos puderam, pela última vez antes das urnas abrirem, apelar ao voto do povo. Neste último dia de campanha, os líderes partidários dividiram-se, sobretudo, entre Lisboa, Porto e arredores de ambas as cidades.
Passos Coelho, secretário-geral do PSD, elegeu o Norte de Portugal como ponto estratégico para o desfecho da campanha. No Porto, recusando efetuar qualquer balanço, afirmou, ao invés, "Eu faço com os nossos candidatos o trabalho para que os resultados apareçam, no dia 1 logo falamos”. Já Teresa Leal Coelho, candidata autárquica à capital portuguesa pelo PSD, não hesitou em afirmar que "o balanço é muito positivo". Contudo, quando questionada mais do que uma vez relativamente a sondagens, a candidata preferiu realçar a paisagem inspiradora do rooftop do Hotel Mundial, por onde passou no dia final de campanha. Ou quando, em vez disso, Teresa Leal Coelho foi inquirida quanto ao seu amor pela política, declarou apenas “Volto a olhar para o Tejo, que é inspirador, e porque acho que devemos sempre viver com inspirações muito positivas, e é isso que pretendo para a cidade de Lisboa...”
"Na passada sexta-feira, dia 29 de setembro, os políticos puderam, pela última vez antes das urnas abrirem, apelar ao voto do povo"
Mais perto ainda do rio Tejo, no coração de Lisboa, as tradicionais arruadas pelo Chiado contaram com a presença do PS, PCP, CDS e PAN. O primeiro contingente a surgir foi o de Fernando Medina, atual presidente da Câmara de Lisboa e candidato pelo PS, que caminhou ladeado por António Costa, secretário-geral do partido. No meio da multidão, do calor e de muitos confettis cor-de-rosa, Medina fez um apelo final ao voto lisboeta que possibilite uma “grande vitória” socialista.
"Mais perto ainda do rio Tejo, no coração de Lisboa, as tradicionais arruadas pelo Chiado contaram com a presença do PS, PCP, CDS e PAN"
Logo de seguida, apareceu João Ferreira, candidato autárquico pela CDU, que se fez acompanhar por Jerónimo de Sousa (PCP), para quem, antes do dia da reflexão, “nada está decidido”, e por Heloísa Apolónia (PEV), enquanto descia as ruas da Baixa. Assunção Cristas, por sua vez, surgiu bem mais tarde, mas ainda a tempo de cumprimentar o grupo do PAN e de desvalorizar as sondagens, esclarecendo que no CDS, “quando se assina como militante, recebe-se um kit de vacinas para as sondagens”.
António Costa, primeiro-ministro e dirigente socialista, que, depois de fazer campanha em Lisboa, ainda rumou ao Porto para apoiar, na reta final, o candidato do seu partido, Manuel Pizarro, afirmou categoricamente estar “confiante num grande resultado no PS em todo o país". Com a habitual segurança na voz e no governo que lidera, fez questão de incentivar ao voto popular em massa neste domingo, para que “esta lufada de ar fresco, se traduza em mais força no PS, para podermos continuar a mudança que iniciámos há dois anos”, disse.
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